quinta-feira, 4 de junho de 2015

A Rapariga no Comboio

Título: A Rapariga no Comboio
Autora: Paula Hawkins
Editora: TopSeller

Sinopse:
Rachel apanha o mesmo comboio todas as manhãs. Todos os dias balança ao longo da linha, vislumbra uma extensão de casas suburbanas acolhedoras, e para no sinal que diariamente lhe permite observar o mesmo casal a tomar o pequeno-almoço no seu alpendre. Chega a ter a sensação de conhecê-los. “Jess e Jason”, é como lhes chama. A vida deles — aos seus olhos — é perfeita. Não muito diferente da vida que perdeu recentemente.
É então que vê algo perturbador. Apenas durante um minuto até o comboio voltar a andar, mas o suficiente. Já nada está como antes. Incapaz de guardar para si, Rachel vai à polícia contar o que sabe, e torna-se parte indissociável do que acontece a seguir e das vidas de todos os envolvidos. Terá ela feito mais mal do que bem?

Opinião:
"A Rapariga no Comboio" é um daqueles sucessos inesperados e estrondosos que acabam sempre por marcar o ano literário e que podem resultar no lançamento meteórico de uma carreira. Com lançamento em Portugal para breve, é com grande orgulho que nos associámos à editora para vos trazer a nossa opinião um pouco antes de vos chegar às mãos.
A história começa com o entrecruzar inofensivo de três vidas: a de Rachel, que apanha sempre o mesmo comboio, e um casal que ela vê diariamente pela janela do comboio. Apesar de ser apenas observadora na fase inicial, Rachel fica de tal forma enredada na história daqueles a quem chamou "Jess e Jason" que a sua própria vida é alterada. É o perfeito exemplo da intrusão do observador na sucessão de acontecimentos que se deveria apenas limitar a observar. Por outro lado, faz-nos pensar na quantidade de vidas com que nos cruzámos diariamente, de forma inócua, aparentemente, mas que porventura terão influência na forma como lidamos com a nossa existência.
A escalada de acontecimentos transforma a história num policial exemplar, fazendo com que o leitor se interrogue incessantemente sobre quem será o culpado. A curiosidade derá lugar ao sobressalto, quando o enredo se dirige sem piedade na direção de um thriller sufocante.
A história é contada, de forma alternada, pelo ponto de vista de três mulheres distintas e notam-se pequenas alterações da narrativa, dependendo qual delas é a protagonista. Há algum desrespeito pela ordem cronológica dos acontecimentos. Este anacronismo ajuda a aumentar o suspense e a revelar progressivamente os pormenores que nos farão compreender tudo só noas últimas páginas.
Há alguns temas presentes, bem actuais, que atravessam o livro como flechas: alcoolismo, infidelidade e violência doméstica.

Além de ser um impecável thriller psicológica, "A Rapariga no Comboio" é ainda um tratado sociológico capaz de inquietar qualquer leitor.

2 comentários:

  1. Olá,
    Adorei este livro, foi suspense até ao final e nunca pensei que fosse aquele o final, nunca me passou tal pela minha cabeça ao longo da leitura.
    Boas leituras.

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  2. Olá Carla!

    É verdade! Consegue deixar-nos intrigados mesmo até ao fim. Um excelente thriller.

    Boas leituras!

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