domingo, 24 de maio de 2015

Uma Fortuna Perigosa

Título: Uma Fortuna Perigosa
Autor: Ken Follett
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Inglaterra, 1866. O verão anuncia-se quente e, numa tarde de maio, um jovem morre afogado numa pedreira inundada de água. O incidente ocorre em Windfield School, uma escola frequentada por rapazes oriundos de classes abastadas, permanece encoberto em mistério conduzindo a uma trágica saga de amor, poder e vingança que envolve sucessivas gerações de uma família de banqueiros.

A história decorre entre a riqueza e a decadência de uma Inglaterra vitoriana, entre a City londrina e colónias distantes. O leitor acompanha a família Pilaster durante o período áureo do império britânico. Ken Follett inspirou-se num caso real de bancarrota ocorrido no século XIX para escrever este romance extraordinário.

Opinião:
Depois de ter percorrido a História Mundial do século XX, Ken Follett mostra-nos em "Uma Fortuna Perigosa" o período prévio ao da sua extensa trilogia.
Com a mestria habitual, e usando a estratégia de acompanhar a vida de vários personagens bem desenhados durante a sua vida, leva-nos numa viagem que se torna a dada altura mais negra e entusiasmante do que eu pensaria possível. 
O início do livro é suficientemente promissor: a morte de um jovem estudante afogado, e a dúvida que irá durar uma geração - homicídio ou acidente? Este "incidente" acaba por ser determinante até no cenário económico da cidade londrina.
Apesar de a acção se desenrolar há mais de um século, o livro é muito actual, pois explica como um banco estável como rocha pode ser vulnerável a apenas uma ou outra má (péssima) decisão. Os holofotes, no entanto, estão mais apontados às emoções e interações das pessoas, longe das friezas dos números. Há amor, ódio, medo e cobiça suficientes para encherem as medidas de todos os leitores ávidos.
É mais um livro em que Ken Follett mostra como consegue criar personagens intrigantes, usar a imaginação parar desenvolver cenários fictícios, mantendo um fundo educativo de factos históricos impecavelmente investigados.

Se ainda fosse preciso, eis mais uma prova de Ken Follett como o romancista histórico de referência atualmente.
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