Título: Os Homenzinhos Livres
Autor: Terry Pratchett
Editora: Saída de Emergência
Sinopse:
A Senhorita Perspicácia Carraça, bruxa de algum renome, preocupa-se com um ondular nas paredes do mundo, uma perturbação centrada em terras de cré, onde não é costume nascerem bruxas de mérito. Mas a pequena Tiffany Dores decide contrariar a tradição porque o seu irritante irmãozinho foi raptado pela rainha das fadas. Ajudada por um sapo falante e por um exército de Homenzinhos Livres ladrões, bêbados e arruaceiros (os Nac Mac Feegles), Tiffany deita mãos à obra.
Opinião:
Apesar de (ainda) não ser instalado no mercado português, Terry Pratchett é um dos autores mais lidos do mundo e "Discworld", o mundo que criou para a maior parte dos seus livros, já deu origem a jogos, bonecos, adaptações televisivas... Conheço bem as aventuras gráficas, que me proporcionaram muitas horas de gargalhadas e reflexão! Em Portugal, salvo erro, alguns dos primeiros títulos de "Discworld" foram publicados há uns anos pela Temas & Debates, apesar de não ter havido grande aposta de marketing.
Foi, para mim, uma das melhores notícias do ano saber que uma das suas obras tinha chegado às mãos da Saída de Emergência! Não será a última, certamente, e espero um maior impacto.
"Os Homenzinhos Livres" é o 30º título de Discworld, com personagens que não tinham surgido anteriormente (não há qualquer dificuldade em acompanhar a história) e é o primeiro dirigido a público um pouco mais jovem.
E porquê tanto sucesso? Porque quando se começa a leitura só conseguimos parar para sorrir ou soltar uma gargalhada! A fina ironia de Pratchett criou os Homenzinhos Livres, caricatura divertida do folclore e espírito escocês, briguento mas de bom coração. Aproveita para pegar nos mais usados clichés dos contos de fadas, virá-los do avesso até sentirmos simpatia pelas bruxas e já não as imaginarmos desdentadas.
Apesar de já ter falecido no início da história, a personagem que maior impressão deixa é a Avó Dores, genialmente silenciosa, com os seus vícios e a sua "magia" de pastora. A neta, protagonista, não se encerra no habitual herói adolescente, vai mostrando características da avó, perspicácia, espírito prático e crença em contos de fada.
Podia falar mais um pouco do que surpreendeu, do que me fez rir e do que me faz querer ler tudo o que houver de Terry Pratchett, mas vou concluir dizendo que é o "conto de bruxas" mais original que podem encontrar, magnificamente sarcástico e actual, numa edição soberba como é habitual na colecção Teen.
Li o excerto do livro disponível no site da editora e simplesmente adorei. Muito divertido sem dúvida. No entanto, porque o IVA aumenta e os vencimentos diminuem vai ter de aguardar mais um pouco no meu famoso caderninho das futuras aquisições =)
ResponderEliminarOlá Elphaba J.;
ResponderEliminarEstes livros tão apetecidos, e por questões económicas não obtidos, são excelentes dicas para aqueles que amamos e que tão desesperadamente nos tentam agradar em datas como o Natal, aniversário e outras que tal! Entre boa vontade e vontade de ler, basta juntar as pontas!
Boas leituras!