Esta é a história de Louis Ives, um jovem cavalheiro, ao jeito de um personagem de Scott Fitzgerald, que ensina Literatura Inglesa num colégio privado em Princeton… até ao dia em que é apanhado a vestir o sutiã de uma colega (em plena sala de professores) e é despedido. Esta também é a história de Henry Harrison, um velho cavalheiro, ao jeito de um personagem de Hemingway, dramaturgo brilhante mas fracassado, viajante incansável mas falido, que ganha a vida como «homem extra» (um acompanhante de velhinhas de alta sociedade) e com o aluguer de um quarto no seu diminuto apartamento em Manhattan. Quando Louis decide, pela primeira vez na vida, ser aventureiro e mudar-se para Nova Iorque, o destino fá-lo ir bater à porta de Henry. Louis descobre em Henry uma verdadeira escola de vida: este Dom Quixote do Upper East Side ensina-lhe, entre outras coisas, que se deve começar o dia com exercício (de preferência ao som de Ethel Merman) e acabá-lo com cocktails; que não vale a pena pagar impostos; que não vale a pena pagar por um bilhete de ópera, quando se pode entrar de graça no segundo acto; e que um cavalheiro nunca fala de dinheiro e passa sempre o Verão em Palm Springs. Louis aprende ainda que há muito por descobrir na cidade que nunca dorme e, nos bares de travestis e transexuais de Times Square, atreve-se a explorar a sua atracção pelo lado mais feminino da vida. Um Amor em Segunda Mão conta a história de Phoebe Swift, uma especialista em história da moda que decide deixar o seu emprego na prestigiosa leiloeira Sotheby’s para abrir o seu próprio negócio – uma pequena loja de roupa vintage no Sul de Londres, chamada Vintage Village. Ao mesmo tempo, Phoebe está a lidar com a recente perda da sua melhor amiga, Emma, e com a separação do seu noivo. Por isso, refugia-se no trabalho – restaurando as maravilhosas e antigas peças de roupa que compra, revendendo-as para que tragam algum glamour à vida das suas clientes. Mas Phoebe não consegue deixar de pensar nas «vidas passadas» destas roupas – nas histórias que contariam se pudessem falar. Um dia conhece Thérèse Bell, uma senhora de idade, de origem francesa, com uma belíssima colecção de moda para vender. Entre os fatos elegantes e vestidos de alta-costura, Phoebe encontra um casaquinho de criança azul que data da época da Segunda Guerra Mundial – uma peça que a Sr.ª Bell se recusa a vender. À medida que se vão tornando amigas, Phoebe vai escutando a triste e inspiradora história por trás do casaquinho azul – e vai descobrir uma ligação inesperada entre a vida da Sr.ª Bell e a sua, uma ligação que lhe permitirá libertar-se da dor do passado e voltar a amar.Osama al-Kharrat regressa a Beirute, depois do seu prolongado exílio voluntário na América, para estar ao lado do seu pai no leito da morte. A cidade, agora, é apenas uma sombra da Beirute de que Osama se lembra, mas a sua família e os seus amigos mantêm o espírito intacto: continuam a discutir, a rir e, sobretudo, a contar histórias. O avô de Osama era um hakawati, ou contador de histórias, capaz de adoçar os ouvidos do emir mais céptico e de despertar a imaginação mais adormecida com contos clássicos reinventados a partir da Bíblia, do Corão ou das Metamorfoses de Ovídio.
O jovem Osama recolhe o legado do seu avô e começa a tecer a história da própria família, cheia de segredos, escândalos e frustrações. Uma história que o levará a voar num tapete mágico pelos céus do Médio Oriente, com fábulas de princesas, de génios, de sultões e vizires, por palácios e desertos. Uma preciosa peça de tapeçaria que une o clássico e o moderno, o mítico e o quotidiano, que encerra uma história dentro de outra como que por magia, hipnotizando o leitor desde as primeiras linhas: «Escutai. Deixai-me ser o vosso deus. Deixai-me levar-vos numa viagem para lá da imaginação. Deixai-me contar-vos uma história.»
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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