Esta é uma história para os meninos que teimam em não gostar de sopa. No tempo em que os animais falavam havia dois irmãos gémeos que eram na verdade muito diferentes: o NOÉ era sério e carrancudo e o É andava sempre contente. O resmungão do Senhor Noé falava muito de dilúvios e catástrofes e discutia com a bicharada da selva, já o Senhor É gostava de ficar a descansar e a ouvir os legumes da horta a conversarem. Um dia começou a chover torrencialmente e o pessimista do Senhor Noé decidiu construir uma grande arca para abrigar os animais. O descontraído do Senhor É, quando percebeu que os legumes se estavam a afogar, foi colher os seus amigos à horta. O que se fez quando a água começou a baixar foi uma grande e deliciosa sopa para todos que deixou os animais saciados e bem-dispostos. Já o Senhor Noé, esse, nunca deixou de ser resmungão.
No último dia de Dezembro de 1976, Nova Iorque prepara-se para celebrar a passagem de ano. Em Times Square, a famosa bola cai; na baixa, os antros punk explodem de energia; as penthouses da zona alta da cidade iluminam-se em elegantes festas temáticas. Sobre a neve que cobre o Central Park derrama-se o sangue de Samantha Cicciaro. Muitos metros acima, na varanda de um luxuoso apartamento, dá-se um encontro improvável entre Regan Hamilton-Sweenie, herdeira de uma enorme fortuna, e Mercer Goodman, um professor negro recém-chegado do interior do país. E quando a cidade se cobre de negro no célebre apagão de 13 de Julho de 1977, estas e outras vidas mergulham numa escuridão da qual sairão transformadas para sempre. Cidade em Chamas capta a essência de Nova Iorque durante a tumultuosa década de 1970. Um romance sobre amor, verdade e redenção. Sobre como as pessoas mais próximas de nós são por vezes as mais difíceis de alcançar.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
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