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Muitos dos mais importantes textos em prosa de Fernando Pessoa, não contando com o Livro do Desassossego, são assinados por Álvaro de Campos, um heterónimo central da obra pessoana e o único que publica prosa polémica, manifestos e ensaios em vida de Pessoa. A consulta dos manuscritos permitiu corrigir a leitura dos textos em detalhes que, por vezes, são importantes. Do mesmo modo, foi possível localizar uma página inédita de entrevista e páginas, igualmente inéditas, de um artigo em francês.
Na sua célebre carta de 1935 sobre a génese dos heterónimos, Fernando Pessoa confessou ter «chorado lágrimas verdadeiras» ao escrever algumas das «Notas para a Recordação do Meu Mestre Caeiro» de Álvaro de Campos, que contam os saborosos encontros e conversas que supostamente houve entre Caeiro, Campos, Ricardo Reis, António Mora e o próprio Fernando Pessoa. Campos, enquanto prosador, também assinou textos importantíssimos como o «Ultimatum» e «Apontamentos para uma Estética Não-Aristotélica», cartas para jornais e uma carta para Marinetti, artigos sobre vários temas e até uma «entrevista sensacional».
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