Como o Musgo na Pedra é um romance de silêncios e memórias, vividos a um ritmo lento, o ritmo da Perda. Com uma escrita superior, clara e compreensível, Daniel Simon guia-nos pelos tortuosos caminhos do luto, com rara beleza literária. «Escrevo: quatro meses depois. Como se houvesse um momento-marco, um instante zero evidente. Na realidade, as nossas vidas estão cheias de instantes zero, de rupturas, este é só o instante zero mais recente. Sublimamos as outras rupturas, mas, às vezes, numa fracção de segundo, elas emergem. Visitar a Perda é reviver todas as visitas anteriores. É inevitável. Pensamos que sofremos de coisas diferentes de cada vez, mas é sempre o mesmo sofrimento que visitamos. De modo que escrevo: quatro meses depois. Depois de tudo».EUA versus China analisa as linhas de força que nos levaram à crise financeira de 2008 e a resposta da nova administração dos EUA, num período em que a China, com um «novo imperador», se está a organizar para disputar a posição de Império do Meio, com a Ásia no centro das ambições.
Confronto ou coexistência é a pergunta que José Manuel Félix Ribeiro tenta responder num livro imprescindível para entender o mundo actual.O pano de fundo deste livro é a vida das grandes famílias no Portugal do final dos anos 50 e da década de 60. Desse fundo histórico, emerge um homem que por amor, renunciou a tudo: à pátria, a Salazar, à família.
Mas o país tinha mão pesada para quem se atrevia a violar as regras sociais e «o avô Luís» pagará o preço da ousadia. «Ainda não me tinha apercebido de que ninguém conhecia a verdadeira dimensão do abalo que o romance provocara no seu espírito».O que é que Fernando Pessoa nos tem a dizer sobre as mulheres? E se, num livro único, se reunissem os textos de Pessoa e dos seus heterónimos sobre as mulheres, o casamento, o amor e o desejo? São textos em que se aconselham mulheres. Num deles, Pessoa — ou será Bernardo Soares? — propõe-se ensinar às mulheres como trair os maridos em imaginação.
Vem aí um livro de conselhos a casadas, malcasadas e algumas solteiras. São conselhos heteronímicos de Fernando Pessoa (que tantas vezes terá sido heterónimo de si mesmo). Vem aí um livro de solidão, a solidão de mulher num homem que, se as queria, não sabia como havia de as querer.
É este o livro que a Guerra e Paz faz chegar às livrarias, a 21 de Outubro. Inspirado num verso de Pessoa, o livro chama-se Minha Mulher, a Solidão. Mas vamos também chamar-lhe, porque há outros textos que assim o exigem, Conselhos a Casadas, Malcasadas e algumas Solteiras. Um livro irreverente, de capa dura e lombada solta, com costura à vista.
Trata-se de um livro de colecção, para bibliófilos, que nenhum admirador de Pessoa pode perder. Capa em cartão grosso, de 3,5 mm de espessura, com as faces do miolo pintadas à mão, a vermelho, o livro abre logo com uma surpresa: uma pintura original de Ana Vidigal, a que se segue um texto-poema de Eugénia de Vasconcellos. Duas mulheres confrontam-se com a misoginia de Fernando Pessoa.
Seis meses depois de Rita Bulhosa nascer, os pais e os médicos descobriram que um quadro de paralisia cerebral lhe afectava os movimentos, impedindo-a de se sentar ou levantar. Hoje, quase a fazer 16 anos, Rita Bulhosa assume com determinação a diferença e mostra como é (sempre) possível dar a volta aos problemas que a vida nos traz.
Este é um livro escrito na primeira pessoa, com base nos textos que Rita partilha na sua página de Facebook, onde conta com milhares de seguidores. Tudo fruto de mérito pessoal. Como este livro que é, também, um livro positivo e de desmistificação de uma doença que se apresenta, à primeira vista, como um palavrão difícil de entender. Aos Olhos da Rita mostra-lhe que a realidade não é assim tão má. Se tivermos a postura correcta.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
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