Os retratos das mulheres e homens que passam por este livro contam uma história de indivíduos e de famílias, de percursos biográficos e encontros coletivos, de afetos e amizades, de sucessos e fracassos, do fim de sonhos e do recomeço de projetos. Em todos eles, existe um traço comum: resistir à perda de valor criado pelo investimento dos pais e dos próprios na educação. Não aceitaram resignar-se à condição de desemprego ou subemprego que pressentiram ou sentiram diretamente nos seus percursos biográficos. Confrontados no seu país com a possibilidade de recuarem na melhoria de estatuto social e económico iniciada pelos pais, escolheram a amargura e a liberdade de mudarem as suas vidas para outro país europeu. Não se submeteram ao fracasso e escolheram o caminho que outros portugueses de diferentes gerações e qualificações diversas fazem desde há séculos. As dificuldades de hoje são menores, estes percursos são genericamente bem-sucedidos e revelam pessoas que encontraram maneira de avançar e que tomaram conta do seu destino. Mas são em reverso o retrato de um país feito por elites políticas e económicas que fracassaram e quiseram arrastar a sua geração mais nova para o fracasso. São também a expressão de que um mal muito profundo ataca a Europa, fazendo com que os mais qualificados dos países periféricos sejam atraídos pelos países centrais, onde estão os recursos, deixando os países menos desenvolvidos entregues a uma economia carente de conhecimento e inovação. Ressoa no murmúrio das vozes destas biografias e nos fluxos emigratórios contemporâneos uma experiência que pede para ser partilhada e compreendida na sua plenitude. Cabe ao leitor penetrar neste murmúrio e tirar as suas conclusões.Passado num lugar onde a memória coletiva desapareceu e o passado é um território perigoso, que não deve ser visitado e de que não se deve falar, J é uma história de amor estranha e inventiva, terna e aterradora.
Kevern não sabe por que razão o seu pai levava dois dedos aos lábios sempre que dizia uma palavra começada por jota. Não era o tempo nem o lugar certos, e continuam a não ser, para se fazer perguntas. Ailinn também cresceu sem saber quem era ou de onde vinha. Quando se conhecem, Kevern sente-se imediatamente atraído por ela e, apesar de desconfiados por natureza, aquilo que os une é de tal forma poderoso que parecem ter sido feitos um para ou outro.
Juntos, formam um refúgio contra a brutalidade corriqueira deixada por uma catástrofe histórica envolta em desconfiança e negação, conhecida simplesmente como AQUILO QUE ACONTECEU, SE É QUE ACONTECEU. À medida que as ações do casal os vão aproximando cada vez mais do perigo, há uma força desconhecida que os quer manter juntos, custe o que custar. Mas a história de amor que os une pode ter consequências devastadoras para a espécie humana.
Um incêndio na Catedral de Turim e a descoberta de um cadáver mutilado são os acontecimentos mais recentes numa série de outros, todos eles inquietantes, em torno do misterioso sudário que milhões de pessoas acreditam ter sido a mortalha de Cristo. Aqueles que ousam investigar o sucedido serão apanhados no fogo cruzado de um conflito milenar gerado por sacrifícios de sangue, assassínios e sociedades secretas ligadas aos dúbios Cavaleiros Templários.
A Irmandade do Santo Sudário atravessa séculos e cruza continentes, desde os céus tempestuosos sobre o Calvário até às modernas cidades de Istambul, Nova Iorque, Londres, Paris e Roma, passando por intrigas e traições em Bizâncio e nas Cruzadas. Até que atinge o seu clímax nos labirintos subterrâneos de Turim, onde serão expostas verdades espantosas: acerca da história de uma fé, das paixões humanas e do maior milagre de todos…
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
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