quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Impresão Indelével

Título: Impressão Indelével
Autor: Camilo Castelo Branco
Editora: Guerra & Paz

Sinopse: 
Três histórias de Camilo em que as paixões vão muito para além da morte, muito para além da tumba. Três histórias de paixões tão exacerbadas que levam o amador a negar a morte, preservando o cadáver da amada arrancando-o mesmo do túmulo. “Impressão Indelével” é um livro de Camilo que tem muito de inédito. É a primeira vez que esta narrativa se publica na forma de um livro autónomo. E é a primeira vez que se juntam três histórias com uma tão visível marca necrófila: “Impressão Indelével”, “A Caveira” e “O Esqueleto”. O livro tem um prefácio intenso de João Bénard da Costa e uma cronologia de Camilo Castelo Branco.

Opinião:
   Depois de vampiros, ler sobre morte não pareceu, de todo, mórbido. Para além disso, passar de uma leitura internacional, contemporânea e ligeira para literatura nacional, clássica e conceituada pareceu uma mudança suficientemente radical para me interessar!
   Tenho impressão de nunca ter lido Camilo Castelo Branco como acontece, de forma vergonhosa, com quase todos os grandes nomes da literatura clássica portuguesa. Consigo encontrar pelo menos um exemplar da obra de cada autor na estante, mas junto dos livros que ainda esperam a sua vez para serem lidos... É uma vergonha, mas é a realidade.
   De qualquer forma, foi com este "Impressão Indelével" que dei a Camilo uma posição na minha cabeceira. Um livro que parece ser de várias formas ultrajante e desafiador. Necrofilia, ou amor sem barreiras? São três contos belamente escritos, desafiantes pelos conceitos extremos que expõem. Sendo estranha a sua leitura em 2015, imagino como terá sido a recessão destas histórias na altura em que foram publicadas. Impressiona-me a qualidade de escrita na exposição de noções tão pouco usuais.

   Uma leitura que impressionou e marcou. Desafiante e inspirador. Não será para leitores de estômago sensível, mas para os bravos compensará!

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