segunda-feira, 22 de julho de 2013

Justiça de Kushiel

Título: Justiça de Kushiel
Autora: Jacqueline Carey
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
A nação de Terre d'Ange é um lugar de beleza e graça sem par. Diz-se que os anjos deram com a terra e a acharam boa… e que a raça resultante da semente dos anjos e dos homens se rege por uma simples regra: Ama à tua vontade.
Kushiel barra o caminho de Phèdre, severo e ameaçador. Numa mão, segura uma chave de bronze, e na outra… um diamante, enfiado num cordão de veludo. Phèdre nó Delaunay, a eleita dos deuses para suportar um indizível sofrimento com infinita compaixão é a vítima perfeita, a "oferenda sem igual" cuja profanação assegurará a ascendência de Angra Mainyu, O Senhor das Trevas. A morrer, pensa Phèdre, será às mãos do amor. Mas o amor é uma força assombrosa, e amor há que desafia todas as probabilidades…
E o Amor reina em força neste volume pungente, a encerrar a saga de Kushiel. O amor de Joscelin por Phèdre, seu Companheiro Perfeito que tudo dá por ela. O amor de Phèdre pela sua rainha, que quer Imriel de la Courcel de volta, o amor de Phèdre por Hyacinthe, seu único e verdadeiro amigo, por toda a eternidade condenado ao cativeiro como Senhor do Estreito. O amor de Phèdre por Imriel, apenas amor simples e destituído de adornos. O Lungo Drom de Phèdre e Joscelin continua, por um lendário rio abaixo até uma terra esquecida de todo o mundo. E até um poder tão imenso que ninguém ousa proferir o seu nome.
Ousará Phèdre? Ousará Phèdre receber o Nome de Deus e com ele obrigar a que libertem Hyacinthe? "Para receber o Seu Nome", instruiu o místico yeshuíta Eleazar ben Enokh, "d'Ele nos deveremos acercar em perfeita confiança e amor, do nosso ser fazer um recetáculo onde o nosso ser não esteja." Logrará Phèdre fazê-lo?

Opinião:
Mas que livro! Mas que trilogia... Esperar pela publicação de Justiça de Kushiel foi uma tortura. Tendo lido os cinco volumes anteriores, a paixão pelos personagens estava já entranhada. Não saber se Phèdre havia sobrevivido aos horrores de Angra Mainyu, se Joscelin teria conseguido não ceder ao tormento de ver a sua Phèdre ser consumida, sem nada poder fazer, não saber se, em tendo sobrevivido, se teriam reencontrado na perfeita e improvável harmonia que os une... A dor foi quase física (a curiosidade tem destas coisas).
Uma vez retomada a leitura neste sexto volume, foi como sair de água após um grande período de apneia. Respirar fundo e voltar a encher o peito de ar, devorando o caminho que estes personagens ainda tinham que percorrer.
"Ama à tua vontade" é um preceito que a autora entende verdadeiramente, rematando cada ponta solta deste último volume com a humildade e a força de um amor tão puro que não tem qualquer lógica ou razão de ser. Varrendo todas as relações que de amor se alimentam, Carey leva o leitor a lágrimas de pura empatia, sendo impossível não sentir uma verdadeira emoção em vários momentos do livro.

Até onde sabemos, não serão publicados mais livros de Carey pela Saída de Emergência. Depois de uma tão magistral viagem, não será possível deixar de seguir Imriel. Tenho sincera pena de que essa oportunidade não me seja dada na minha língua materna. 

Não consigo recomendar o suficiente esta obra. É tudo o que um leitor ávido poderá desejar. Por favor, não deixem de a ler.

4 comentários:

  1. Ando com vontade de ler esta saga :)

    e agora fiquei com mais.

    bjokas

    http://atelier-de-livros.blogspot.pt/

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  2. Olá Mónica Barradas;

    Se anda com vontade, faça o favor de começar! Tenho a certeza de que não se irá arrepender e de que irá ficar completamente colada!

    Boas leituras!

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  3. Olá,

    Só posso concordar, uma trilogia maravilhosa, que merecia que as restantes sagas fossem publicadas.

    Do melhor que já li sem duvida :)

    Deixo o link, caso queiras ver o meu comentário

    http://leiturasdofiachaocorvonegro.blogspot.pt/2013/06/justica-de-kushiel-jacqueline-carey.html

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  4. Olá Fiacha;

    Bem vindo! É um prazer partilhar a leitura de uma autora tão fenomenal! Resta esperar por Imriel!

    Boas leituras!

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