quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Nova Iorque

Título: Nova Iorque
Autor: Brendan Behan
Editora: Tinta da China

Sinopse:
«Excepcional e engenhoso monólogo, o livro de Brendan Behan é um solilóquio tão emotivo quanto humorístico sobre a cidade de Nova Iorque, que o autor considera (eu também) o lugar mais fascinante do mundo. Nada – diz Behan – pode comparar-se a essa cidade eléctrica, que é o centro do universo. O resto é silêncio, flagrante obscuridade. "Depois de ter estado em Nova Iorque", diz Behan, "qualquer pessoa que regresse a casa dar-se-á conta de que o seu lugar de origem é bastante escuro." A mim acontece-me sempre isto quando deixo Nova Iorque e regresso à minha cidade, e este livro de Behan é em parte culpado de isso me acontecer, porque o livro deixou em mim uma estranha "saudade" de bares onde nunca entrei.»
Enrique Vila-Matas, «Prefácio»

Opinião:
Com viagem agendada, em contexto de férias, pareceu adequado fazer deste "Nova Iorque" de Brendan Behan companhia. Pretendia a leitura servir de guia e porta de entrada a esta cidade tão badalada, onde iríamos deambular durante os próximos dias. 
Brendan Behan não se encontra publicado em Portugal, excepto por este título, trazido até nós pela Tinta da China, numa colecção que admiro há anos - Literatura de Viagens. Trata-se de um curto monólogo, em que o autor deambula pela cidade das suas memórias, trazendo até ao leitor imagens vívidas do que experimentou, enquanto autor representado na Broadway. Bares, ruas, situações imprevistas. Um quadro pintado a preto e branco (pelo menos segundo a minha imaginação) que nos leva pela Nova Iorque de há 50 anos. Depois de chegar até à cidade, algumas diferenças são evidentes, tendo-se alterado o estatuto de alguns bairros, o que está em conformidade com a dinâmica da cidade em si. 

Foi uma companhia tranquila, mesmo divertida em algumas ocasiões. Mas o mais delicioso, foi passear pelas ruas e reconhecer alguns ícones que há 50 anos já o eram. O ponto alto foi passar em frente ao Hotel Chelsea, onde o autor frequentemente ficava hospedado, e verificar a existência de uma placa com o seu nome à porta. Este era um desejo seu, explicito no livro. Fantástico!

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