quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A Rainha Vermelha

Título: A Rainha Vermelha
Autora: Philippa Gregory
Editora: Civilização

Sinopse:
Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior.

Opinião:
A fama de Philippa Gregory como autora história precede-a. Vários livros seus foram já adaptados ao ecrã e consta ser uma autora best-seller por mérito próprio. 
Ter oportunidade de ler uma obra desta autora pareceu-me bom demais para desperdiçar. Assim, aproveitei umas curtas férias para me lançar neste desafio! Romancear uma época tão conturbada e bélica como foram os séculos XIV e XV em Inglaterra é uma tarefa árdua. Imagino que muito facilmente se cairia na excessiva pormenorização, entre nomes, datas, intrigas e batalhas, esquecendo-se o romancear da trama, perdendo, consequentemente, a atenção do público. Nada disto aconteceu. Gregory agarrou firmemente aquela que viria a ser a "Rainha Vermelha", desde a sua infância. Conta-nos a história de Margarida na primeira pessoa, tomando liberdades em raciocínios e avaliações pessoais, que trazem ao livro uma dimensão absolutamente essencial e enriquecedora. Mesmo percebendo a forma viciosa como Margarida verga os raciocínios de forma a servirem as suas convicções e vontades simultaneamente, não é possível indignarmo-nos contra ela. Pelo contrário, dei por mim a partilhar algumas das suas conclusões mais distorcidas, tomando-as por brilhantes! Esta é a marca de uma autora excepcional! Conceder ao leitor o dom de se transportar na leitura, em tempo e espaço, de forma a perder-se por momentos na personagem que acompanha. 
Para além de uma autora que não perderei de vista, encontrei uma personalidade absolutamente marcante, que já terá cruzado o meu caminho, mas nunca com esta dimensão. Fica a vontade de ler os restantes volumes desta "Guerra de Primos", tantas vezes contada pela metade. Será com esta autora que a conhecerei por inteiro.

Uma fantástica autora, um livro delicioso. Para qualquer fã de romance histórico, ou para qualquer amante de uma boa leitura, é uma aposta a fazer!

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