Título: Sede de Viver
Autor: J. R. Moehringer
Editora: Editorial Presença
Sinopse:
Um belíssimo livro de memórias, que é também um retrato vivo de uma América no rescaldo da guerra do Vietname. A figura nuclear deste romance autobiográfico é um bar em Long Island, onde o jovem J. R. encontrou um sucedâneo da figura do pai ausente. Durante a sua infância e adolescência, o autor testemunha a interacção diária de todo o tipo de homens - soldados, jogadores, polícias, advogados, vagabundos - que falam de tudo, desde basquetebol, história ou livros, até sexo e relacionamentos. E embora as conversas se inflamem com o álcool, é lá que Moehringer aprende sobre a vida e encontra modelos para formar a sua própria masculinidade, assim como um extraordinário sentido de amor e comunidade. É lá que voltará depois, já adulto, para se retemperar das duras batalhas da vida.
Opinião:
Entro sempre com alguma desconfiança em livros de registo autobiográfica, um preconceito meu, sem razão aparente, mas que me vai fazendo adiar muitas leituras.
Porém, deixei-me cativar em poucas páginas neste "Sede de Viver".
A história de J. R. Moehringer tem o seu interesse. O seu nome, por exemplo, nasce de uma série de mal-entendidos e "mistérios" do passado. A sua família é suficientemente peculiar para nos fazer sorrir e os seus desaires profissionais mostram o quão difícil é subir a escada do sucesso. O fulcro da história é "Dickens", não o escritor, mas sim o bar de onde bebe os mais essenciais ensinamentos para a vida e onde extravasa dos tropeções do dia-a-dia.
No entanto, o principal interesse do livro não é a história que conta. Jornalista de profissão, nota-se o hábito e o gosto pelas palavras que culminam no toque de classe nas descrições inocentes e cómicas da sua infância e na forma fluída que a história se vai desenvolvendo.
É um livro que não necessita de um final emocionante para ser uma experiência plena, cada capítulo tem encanto suficiente para nos alimentar a fome literária.
Uma pérola que, infelizmente, pode passar despercebida, mas merece um lugar em qualquer estante.
Entro sempre com alguma desconfiança em livros de registo autobiográfica, um preconceito meu, sem razão aparente, mas que me vai fazendo adiar muitas leituras.
Porém, deixei-me cativar em poucas páginas neste "Sede de Viver".
A história de J. R. Moehringer tem o seu interesse. O seu nome, por exemplo, nasce de uma série de mal-entendidos e "mistérios" do passado. A sua família é suficientemente peculiar para nos fazer sorrir e os seus desaires profissionais mostram o quão difícil é subir a escada do sucesso. O fulcro da história é "Dickens", não o escritor, mas sim o bar de onde bebe os mais essenciais ensinamentos para a vida e onde extravasa dos tropeções do dia-a-dia.
No entanto, o principal interesse do livro não é a história que conta. Jornalista de profissão, nota-se o hábito e o gosto pelas palavras que culminam no toque de classe nas descrições inocentes e cómicas da sua infância e na forma fluída que a história se vai desenvolvendo.
É um livro que não necessita de um final emocionante para ser uma experiência plena, cada capítulo tem encanto suficiente para nos alimentar a fome literária.
Uma pérola que, infelizmente, pode passar despercebida, mas merece um lugar em qualquer estante.
Adorei este livro. Foi a minha leitura preferida em 2009!
ResponderEliminarOlá Miguel:
ResponderEliminarÉ verdadeiramente uma excelente surpresa! Uma pérola escondida... Também estará no meu top-10 de 2010!
Boas leituras!
Bom lá vou eu pedir mais um à biblioteca, isto se não o comprar, tá visto"
ResponderEliminarOlá cris:
ResponderEliminarOu então, participa no passatempo Presença do Grande Cabaz de Natal e espera que a sorte lhe sorria!
Boa sorte e boas leituras!