Depois de alguma espera, eis que estamos em condições de anunciar o vencedor do Passatempo da Leitura à Criação - "O Contador de Histórias" + "O Beco dos Milagres". Apesar de termos recebido apenas 25 participações, não foi fácil a selecção dos dez finalistas, sendo ainda mais difícil a selecção do grande vencedor, mesmo com ajuda da editora. Os nossos parabéns a todos os participantes pelos textos enviados e o nosso sincero agradecimento a todos os 25 que se esforçaram para participar em mais este desafio!
Sem mais demoras, segue-se o texto vencedor:
"Contava os dias que lhe restavam para viver como quem desespera por um aniversário que está para chegar.
Faltava pouco agora, uma semana mais e estaria tudo pronto. Todos tomavam os últimos preparativos para enfrentarem o que aí vinha, mesmo aqueles que não sabiam o que se passava.
Seria um grande momento, inesquecível. Ele garantiria isso mesmo e depois poderia congratular-se com o seu nome na boca de todas as pessoas.
Por anos, décadas, séculos por vir, as pessoas lembrar-se-iam do momento em que ele morreu. E de tudo o que viria depois…
Haveria sofrimento, claro, grandes doses de sofrimento, mas ele estava preparado para as aceitar desde que não falhassem nas regalias a que teria direito.
Era o seu papel. Ele era o actor daquele castigo e aquele castigo era o maior espectáculo do mundo. A sua paga seria a glória, eterna!
O dia estava cada vez mais perto, seria na sexta-feira que tudo se consumaria.
Uma única actuação, a sua morte, e depois todos veriam quem ele verdadeiramente era.
O tempo corria e ele continuava a preparar o guião. Enquanto os restantes dormiam, ele repetia as poucas frases que tinha de acertar na perfeição, deixá-las vincadas na memória das gerações para vir.
Perdoa-lhes Pai, que eles não sabem o que fazem…
Sexta-feira morreria e, quando menos esperassem, reapareceria, vivendo de novo e mostrando que não era mais Jesus, mas que era realmente Cristo.
A sua morte seria o seu milagre porque lhe daria a vida com que os homens apenas sonhariam para a eternidade que ele conheceria e moldaria como quisesse!"
Faltava pouco agora, uma semana mais e estaria tudo pronto. Todos tomavam os últimos preparativos para enfrentarem o que aí vinha, mesmo aqueles que não sabiam o que se passava.
Seria um grande momento, inesquecível. Ele garantiria isso mesmo e depois poderia congratular-se com o seu nome na boca de todas as pessoas.
Por anos, décadas, séculos por vir, as pessoas lembrar-se-iam do momento em que ele morreu. E de tudo o que viria depois…
Haveria sofrimento, claro, grandes doses de sofrimento, mas ele estava preparado para as aceitar desde que não falhassem nas regalias a que teria direito.
Era o seu papel. Ele era o actor daquele castigo e aquele castigo era o maior espectáculo do mundo. A sua paga seria a glória, eterna!
O dia estava cada vez mais perto, seria na sexta-feira que tudo se consumaria.
Uma única actuação, a sua morte, e depois todos veriam quem ele verdadeiramente era.
O tempo corria e ele continuava a preparar o guião. Enquanto os restantes dormiam, ele repetia as poucas frases que tinha de acertar na perfeição, deixá-las vincadas na memória das gerações para vir.
Perdoa-lhes Pai, que eles não sabem o que fazem…
Sexta-feira morreria e, quando menos esperassem, reapareceria, vivendo de novo e mostrando que não era mais Jesus, mas que era realmente Cristo.
A sua morte seria o seu milagre porque lhe daria a vida com que os homens apenas sonhariam para a eternidade que ele conheceria e moldaria como quisesse!"
Carlos Duarte Durão Antunes - Santo António dos Cavaleiros
não costumo participar aqui no vosso blog mas acho uma pena que ganhe este senhor que nao liga nada aos livros e vai vende-los na bibliofeira novos - participando nestas coisas para lucrar alguma coisa!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarhttp://www.bibliofeira.com/vendedor/682567907
ResponderEliminarSe assim é, é de facto algo lamentável.
ResponderEliminarOlá Diana;
ResponderEliminarNão faz parte dos critérios de avaliação dos candidatos o fim que dão aos seus prémios. No nosso entender, e no entender da editora, o texto premiado foi um justo vencedor.
Se a situação que refere for, no entanto, realidade, temos muita pena. Lamentamos que livros oferecidos com o intuito de promover a leitura sejam usados como forma de proveito próprio. No entanto, recordamos que não há como ter em consideração na avaliação das participações esse facto...
Boas leituras.