O Mago - Mestre

Título: O Mago - Mestre

Autor: Raymond E. Feist

Editora: Saída de Emergência

Sinopse:

A paz é já uma memória esbatida para os povos de Midkemia. A guerra continua, mas Pug e Tomas seguem rumos diferentes. Tomas herda um legado de grande poder oriundo de uma civilização antiga. Mas uma luta interna leva-o a duvidar sobre qual deverá ser o seu destino. Por outro lado Pug, após ter sido capturado, é levado para as exóticas terras de Kelewan e irá aprender a dominar a dualidade do seu enorme poder. Pug é agora Milamber. E terá que enfrentar um inimigo mais antigo do que o próprio tempo. Entretanto, o Reino estremece com a ascensão de Guy de Bas-Tyra e tem início uma nova disputa pelo trono.

Opinião:

Continuamos, então, a atribulada saga de Pug em busca dos poderes que o catapultem para além do estado de aprendiz. A história inicia-se, aproximadamente, 4 anos depois do fim de "Aprendiz", em plena guerra entre os dois mundos. Não se percebe, ainda, para que lado pende a balança, porém, como em todas as guerras prolongados, ambos os lados estão a perder. Será com Pug que iremos conhecer a cultura, a história e a geografia do mundo dos tsurani e compreender de que forma foram ligados os dois mundos.

Nesta segunda parte, assistimos ao amadurecimento de várias personagens, que seguem rumos independentes, mas em direcção ao mesmo objectivo. A história vai crescendo de interesse, já que seguimos vários cenários alternadamente, aumentando o suspense e a curiosidade sobre o desfecho dos acontecimentos.

As melhores características da escrita do autor mantêm-se: a precisão com que introduz o ambiente como um dos intervenientes, o sentido de humor que confere aos diálogos e a capacidade de fazer com que várias personagens sejam "principais" a cada momento.

No respeitante à fantasia, penso que os apreciadores ficarão satisfeitos com a imaginação do autor e os pormenores que vai introduzindo.

Os dois volumes deverão ser considerados como um só, pois só irão apreciar verdadeiramente "O Mago" quando vislumbrarem o centro da teia que o autor fabricou. O fantástico teria muito a ganhar com a publicação das obras seguintes!