Chegou a minha vez de morrer. Como último desejo peço que me virem na direcção de Portugal, o país que me encheu de alegria o coração de menina e me tirou tudo o que de mais sagrado tinha quando mulher. Olhando para trás, reconheço que a minha vida foi marcada pela tragédia. Vi partir uma mãe cedo de mais, morria de doença e de desgosto por um marido que a traía publicamente. Não me consegui despedir do meu pai, enterrei um marido que, com palavras doces e promessas vãs conquistou o meu ingénuo coração e no final me humilhou com as suas traições, um filho em quem depositava todas as esperanças, um neto adorado, e, por fim, a minha querida Clotilde, irmã de sangue e confidente.
Claro que também tive momentos de felicidade. Quando sonhava acordada com príncipes e casamentos perfeitos, quando cheguei a Lisboa e o povo gritava o meu nome, quando viajava por essa Europa fora de braço dado com Luís, quando brincava no paço com os meus filhos ou quando estendia as mãos para ajudar os mais necessitados, abrindo creches e asilos. Mas mesmo nestas alturas havia quem me apontasse o dedo. Maria Pia a gastadora, a esbanjadora do erário público. A que dava festas majestáticas no paço, a que ia a Paris comprar os tecidos mais caros e as jóias mais exuberantes. Não percebiam eles que assim preenchia o vazio que, aos poucos, se ia instalando no meu coração.Um dia, uma das irmãs de serviço no apartamento pontifício viu João Paulo II cansado e disse-lhe, estar «preocupada com Sua Santidade», Karol Wojtyla respondeu sorridente: «Também eu estou preocupado com a minha santidade».
Sem razão. Em 2005 o Papa Bento XVI abriu o processo de beatificação de João Paulo II, dispensando os habituais cinco anos regulamentares, e entregou a Slawomir Oder a tarefa de dirigir um trabalho rigoroso e objectivo de investigação e recolha meticulosa de testemunhos, provas concretas, pequenas histórias e episódios que provassem a santidade de Karol Wojtyla.
Neste livro, o Monsenhor Slawomir Oder, com a ajuda do jornalista Saverio Gaeta, narra detalhes inéditos da vida pessoal do primeiro Papa polaco, nomeadamente que se flagelava secretamente com um cinto ou que dormia despido no chão como acto de penitência, e apresenta documentos inéditos, como uma carta de renúncia escrita em 1989 por João Paulo II caso ficasse completamente incapacitado.Em Coimbra, a animação era uma constante. O Barão, alcunha pela qual Alberto João Jardim era conhecido desde os tempos de liceu, estava sempre no centro da festa. Os estudos, esses, ficavam para trás e foram concluídos a custo.
Quem não lhe vaticinava grande futuro enganou-se, Alberto João Jardim transformou-se, quatro anos depois do 25 de Abril de 1974, no incontestado presidente do Governo Regional. Este é um livro sobre treinadores de futebol. Não fala das questões técnicas e tácticas do jogo, mas sim sobre o líder da equipa, o gestor do balneário, o psicólogo e, por vezes, o amigo dos jogadores.
A jornalista Cecília Carmo entrevistou nove treinadores nacionais que partilharam momentos pouco conhecidos do grande público. Quando os flashes e as câmaras não estão apontados, há outras histórias para contar. Histórias de balneário, da forma como convivem com a ruptura, com o despedimento, como lidam com os egos dos jogadores, com a pressão das claques, a sombra dos presidentes dos clubes que os empregam, como reagem aos fracassos e às vitórias.
Um livro que nos revela uma faceta menos conhecida dos treinadores de futebol. Uma profissão solitária cujo lema, todos concordam, é ter a mala sempre pronta para seguir para o próximo desafio. O vinho é um elemento essencial da nossa cultura e da nossa gastronomia. Mas para muitos ainda é um mundo complexo e difícil de entender. João Afonso, conhecido crítico de vinhos, revela-nos os segredos do vinho através deste guia completo e acessível a todos os que querem saber mais.
Não sabe que vinho servir com carne ou peixe? Gostaria de construir a sua própria garrafeira, mas não sabe por onde começar? Depara-se com notas de prova que não consegue interpretar e que em nada o ajudam na escolha de um vinho? Muitas vezes interroga-se como deve abrir uma garrafa, em que copo deve servir determinado vinho ou a que temperatura deve ser degustado?
domingo, 27 de junho de 2010
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