Quando o primeiro sem-abrigo aparece morto com dezoito facadas junto à Basílica da Estrela, ninguém mostra grande interesse. Nem o inspector Joel Franco, responsável pela investigação na Secção de Homicídios da Polícia Judiciária, nem o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (que precisa de dar a imagem de uma cidade tranquila aos seus investidores estrangeiros), nem a jornalista Eunice Neves, que trata dos casos de polícia no seu programa O Crime Nosso de Cada Dia. Para a Polícia, a morte violenta de um sem-abrigo cuja identidade é quase impossível de determinar não é uma ocorrência a que se possa dedicar muito tempo.
Mas a situação altera-se na manhã seguinte: aparecem mortos, da mesma maneira, mais dois sem-abrigo na Baixa de Lisboa. E, dois dias depois, são três os sem-abrigo atacados. O serial killer começa, porém, a deixar pistas – e estas apontam para um culto satânico, mas também para a maçonaria. Com o medo a instalar-se em Lisboa, onde o assassino vai multiplicando os seus actos de violência, e enquanto Joel Franco começa a descobrir as origens desta vaga de crimes, o presidente da Câmara de Lisboa e um seu discreto aliado na própria PJ percebem quem é o autor das mortes: o homem que quiseram transformar em bode expiatório quando começou a correr mal o comércio ilícito de terrenos na zona do projectado aeroporto da Ota. No qual pontificara o presidente da Câmara quando ainda era ministro do Ambiente…
E em breve vão estar frente a frente dois homens que, à sua maneira, procuram justiça: o assassino propriamente dito e Joel Franco, que tenta vingar a morte de um amigo de infância em cada homicida que persegue. É bem provável que ambos desafiem a antiquíssima norma que regula a sociedade humana: «Não matarás.»
sexta-feira, 25 de junho de 2010
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Adorei a sinopse deste livro. Gosto imenso de ler livros deste género, mas normalmente incido sempre sobre os de autores estrangeiros como os casos de Kay Scarpetta que Patricia Cornwell tão bem (d)escreve. Saliento agora que é necessário sim divulgar estas obras de autores portugueses e dar valor à produção nacional.
ResponderEliminarGostei imenso do post, aproveito para dar os parabéns ao Páginas Desfolhadas pelas sugestões que têm colocado à nossa disposição assim como as oportunidades de participar nos passatempos bastante interessantes.
Os meus melhores cumprimentos aos autores. ;)
Olá Shawy:
ResponderEliminarConcordamos plenamente. Temos autores capazes em todas as áreas da literatura, é só uma questão de lhes darmos oportunidade.
Aproveitamos para agradecer os elogios e esperamos poder continuar a desenvolver este blogue ao mesmo ritmo!
Boas leituras!