Viajo porque sou feliz e viajo para ser feliz. Uma viagem traz-nos todo o tipo de experiências e com elas vamos aprendendo a viver realmente. Tudo pode estar planeado, rotas delineadas e cálculos executados mas para a alma de um viajante o futuro é e será sempre incerto. O desejo de descobrir, o fervor de conhecer, a ânsia de explorar tornam a mais pequena deslocação na maior das aventuras.
E qual o destino perfeito? Todos. A partida é o sinal de que seguimos para algo do qual não voltaremos nunca iguais. Será sempre o início de uma caminhada que nos incutirá um despertar para algo, para alguém e nesse momento saberemos que estamos exactamente onde deveríamos estar.
De alma e coração bem abertos abraçamos a ideia de ir mais além. Queremos ver, queremos sentir, queremos cheirar e tudo é novo e tudo é belo. Sentimos o sangue a correr nas nossas veias e o coração num ritmo alucinante.
Tudo é perfeito, tudo é idílico e as memórias serão eternas.
Hoje, perguntei a mim mesmo porque razão estou a sorrir. De imediato a resposta eclodiu na minha mente; Estou de partida
Jorge Santos (Prefaciador)Ter 17 anos e uma doença crónica (Lúpus) não é fácil…
Ter 18 e fazer hemodiálise muito menos…
Ter 32 e a possibilidade de partilhar tudo isto, experiências, sentimentos, sofrimento, angústias, alegrias, tristezas que vivi, é magnífico. Se apenas uma pessoa ler a “Princesa Borboleta”, sorrir e tiver um dia mais cor-de-rosa, então já tudo valeu a pena…
“Será que Deus me estaria a castigar? Só muito tempo depois percebi que não se trata de “justiça” ou de algo que possamos ou não merecer, mas sim de irmos aumentando a capacidade inata que temos de superar os desafios que nos vão sendo propostos ao longo da Vida. E essa força, embora saiba que nos piores momentos é praticamente impossível acreditar nisso, é inesgotável...”
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