terça-feira, 6 de abril de 2010

Um Grito de Amor Desde o Centro do Mundo

Título: Um Grito de Amor Desde o Centro do Mundo
Autor: Kyoichi Katayama
Editora: Alfaguara

Sinopse:
Sakutarô e Aki conhecem-se na escola. Ele é um jovem engenhoso e sarcástico. Ela é uma rapariga bonita e popular. O que de início é uma amizade cúmplice torna-se numa paixão arrebatadora. Um acontecimento trágico vem pôr à prova a força do amor que os une. Este é o romance japonês mais lido de todos os tempos no Japão, com mais de três milhões de exemplares vendidos.

Opinião:
Adolescência. Emoções e sensações potencializadas pela clareza da tenra idade. Quem ainda se lembra de como era sentir nessa altura? Como um toque, um carinho ou um sussurro nos podiam aquecer o coração por semanas. Como amar era sofrer e sofrer por amar era morrer... Este livro transportou-me directamente para essa fase da minha vida. Revi-me nesta história simples de um amor inocente que, tragicamente, fica suspenso como uma ferida aberta na vida do protagonista Sakutarô. 
Não é um livro elaborado. Não é literáriamente muito rico (apesar de acreditar que muita da sua riqueza se possa ter perdido na tradução). É um livro pequeno que nos aquece o coração com a história de dois amigos que se tornam mais do que isso. Para além do fio condutor central, gostei bastante das pequenas considerações sobre questões existenciais que o autor foi introduzindo ao longo da leitura, também estas bem características da idade retratada, principalmente porque nos são apresentadas sob o ponto de vista da cultura oriental.

Depois de ler o livro não resisti e procurei insistentemente pelo filme que nele se inspirou. Apesar de ter encontrado algumas dificuldades, consegui encontrar o "Crying Out Love in The Center of the World". Não estou habituada ao cinema oriental, pelo que esta foi uma experiência completamente inovadora! Apesar de achar que o argumento toma demasiadas liberdades em relação ao texto original, tenho que reconhecer que o filme está muito bem conseguido no que à transmissão de sentimento diz respeito. A melhor forma que encontro para o descrever é como se este fosse um lamento prolongado, permitindo-nos seguir a personagem principal durante todo o seu processo de luto.

Recomendo ambos. Mas deixo a advertência de que quer o livro, quer o filme, não agradarão àqueles que dispensam qualquer tipo de pieguice!

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