Em 1978, quando convalescia de cancro, Susan Sontag escreveu A Doença como Metáfora, um notável ensaio sobre a utilização alegórica, e frequentemente culpabilizante, da doença na nossa cultura. Tornou-se num clássico que a revista Newsweek considerou "Um dos livros mais libertadores do seu tempo". O objectivo da autora consiste em retirar ao cancro o estigma alegórico que sobre ele pesa e mostrar que é apenas uma doença. Neste livro, Susan Sontag defende que a maneira mais autêntica de enfrentar a doença - e a maneira mais saudável de estar doente - é resistir a esse pensamento metafórico.Depois de abandonar o emprego e o casamento por motivos que guardam uma infeliz coincidência, Júnior pede abrigo ao pai. Sem dinheiro nem perspectivas, divide os dias entre o velho sofá da sala, o bar onde bebe com desocupados e as conversas com a jovem inquilina da casa, Bruna, que o pai espia por um furo no armário.
Num cenário típico de uma classe-média baixa, Júnior entrega-se a um quotidiano feito de objectivos pequenos e imediatos — a próxima refeição, a ida ao bar da esquina, o dinheiro do cigarro. Mas esta pasmaceira é interrompida quando pacotes misteriosos começam a chegar pelo correio. Lentamente, a realidade ganha contornos distorcidos e Júnior vai sendo arrastado para um na própria consciência — que revelará os seus limites e abismos.«O propósito deste livro é mostrar que as melhores coisas da vida não custam dinheiro. Durante dois séculos, o Ocidente laborou no equívoco de que o prazer é um assunto caro. Passamos a vida a trabalhar no duro e a fazer coisas de que não gostamos para ganhar dinheiro e com ele fazermos coisas de que gostamos. Pois o que este livro faz é libertar-nos das confusões e desapontamentos dispendiosos.»
Os Prazeres (alguns, entre muitos outros):
* Tomar banho
* Sonhar
* Apanhar folhas das árvores no ar
* Deambular pela cidade
* Fumar
* Dormir uma sesta
* Raios de Sol
* Espetar fósforos em vegetais para fazer vegetais alienígenas
* A contemplação de coisas que voam
* O sexo matinal
* Observar nuvens.Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade.
sexta-feira, 12 de março de 2010
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