Baseado no mito de Pedro e Inês (mais uma lenda do que uma história), um romance sobre a intemporalidade da paixão, onde se abordam também alguns mistérios da existência.
Assim as mulheres passam umas às outras a sua teia ancestral de seduções, subentendidos, receitas que hão-de prender os homens pela gula, a luxúria, a preguiça e todos os pecados capitais, é por isso que elas nunca querem os santos, os que não se deixam tentar, os que resistem à mesa, à indolência, à cama, à feitiçaria dos temperos, ao sortilégio das carícias, à bruxaria das intrigas. Miguel Torga publicou em 1941 o livro de contos Montanha, que imediatamente foi apreendido pela polícia política. Em carta de Abril desse ano, Vitorino Nemésio, solidarizando-se com o amigo, escreveu a propósito dessa apreensão: “Acho a coisa tão estranha e arbitrária que não encontro palavras. De resto, para quê palavras se nelas é que está o crime?” Em 1955, Miguel Torga fez uma segunda edição no Brasil, com o título Contos da Montanha. A edição da Pongetti circulou clandestinamente em Portugal, assim com a 3ª edição, de 1962. Em 1968, a obra Contos da Montanha foi de novo publicada em Coimbra, em edição do autor. No belíssimo romance que é O Delfim, José Cardoso Pires olhou a realidade do seu país como se fosse a trama de uma intriga policial. Considerado um dos seus melhores livros, O Delfim é, sem dúvida, um marco na literatura portuguesa do século XX.
Adaptado ao cinema com argumento de Vasco Pulido Valente e realização de Fernando Lopes, conta com a participação de Rogério Samora e Alexandra Lencastre. Baseado em factos verídicos e personagens reais, O Rastro do Jaguar é um empolgante fresco dos intensos choques culturais e sociais que marcaram o século XIX e a relação dos europeus com as suas antigas colónias agora independentes.
“Obra de fôlego, que refigura uma vasta erudição, O Rastro do Jaguar combina narrativa histórica e arte poética, elaboração wagneriana e aura profética, de forma a prender o interesse da leitura por uma saga onde se conjugam a busca individual de raízes e o destino ameríndio, e que atravessa a França, Portugal, Brasil, Paraguai e Argentina, até ao final aberto sobre a demanda milenarista da Terra Sem Males.”
Manuel Alegre, Presidente do Júri do Prémio Leya 2008
sábado, 23 de janeiro de 2010
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Quero ver se compro o Rasto do Jaguar. Ouvi falar muito bem deste livro.
ResponderEliminarBelas apostas por parte da LEYA.
Sandra
É verdadeiramente um livro que vale a pena! Já publicámos a nossa opinião sobre ele algures no início do blogue. Podes espreitá-la aqui: http://paginasdesfolhadas.blogspot.com/2009/08/o-rastro-do-jaguar.html
ResponderEliminarBoas leituras!