O Homem Pintado

Título: O Homem Pintado

Autor: Peter V. Brett

Editora: Gailivro

Sinopse:

Aos onze anos, Arlen vive com os pais numa pequena quinta, a meio dia de viagem da aldeia isolada de Ribeiro de Tibbet. Quando a escuridão cai sobre o seu mundo, uma estranha névoa ergue-se do chão, com uma promessa de morte aos que forem suficientemente loucos para enfrentarem a escuridão crescente. É que existem demónios famintos que se materializam da névoa e se alimentam dos vivos. A partir do momento em que a sua vida é despedaçada pela praga dos demónios, Arien vê-se forçado a perceber que é o medo, e não os demónios, a dominar verdadeiramente a humanidade.
Na pequena aldeia de Outeiro do Lenhador, o futuro perfeito de Leesha é destruído pela traição e por uma mentira. Publicamente humilhada, ela acaba a recolher ervas e a cuidar de uma anciã mais temível que os nuclitas. No entanto, a sua desgraça transforma-a na guardiã de um saber antigo e perigoso.
Órfão e mutilado pelo ataque dos demónios, o jovem Rojer encontra conforto no domínio das artes musicais de um jogral, descobrindo que o seu talento único lhe confere um poder inesperado sobre a noite.
Juntos, estes três jovens oferecem à humanidade uma última e fugaz hipótese de sobrevivência.

Opinião:

"O Homem Pintado" está a alcançar um grande êxito internacionalmente, o que me fez abordar a sua leitura com ânsia e curiosidade. Apesar de não ser o meu género literário de eleição, sempre que me apanho com um livro de qualidade, no âmbito da "Fantasia", na mão, dou por mim a devorá-lo pela noite dentro como um bando de nuclitas sobre um coelho indefeso! Assim se foram as breves 600 páginas do primeiro livro de uma trilogia que promete!

O que tem de especial Peter V. Brett? Criou um mundo com personagens sólidas, bem aprofundadas, não nos deixando indiferentes à maioria delas! A anciã que educa Leesha é especialmente hilariante! Criou cidades com políticas, viveres e costumes independentes. Criou, acima de tudo, um mundo dominado pelo medo e as réstias de esperança sob a forma dos três jovens que vão evoluindo ao longo do livro.

"O Homem Pintado", apesar de impor respeito pela envergadura, não é desnecessariamente extenso. Tudo o que está escrito tem o seu lugar no desenrolar da história ou na "pintura" dos sentimentos dos protagonistas. É pormenorizado o suficiente para nos colocar no centro dos acontecimentos, mas nunca se torna aborrecido, com a acção a subir de intensidade ao ritmo do virar das páginas.

Muito fica por responder e a verdade é que cheguei ao fim a gritar pelas respostas! Bem, o próximo livro sairá em inglês, à partida, em Abril de 2010. Vamos esperando...

Será uma trilogia essencial para os amantes do género e um excelente entretenimento para todos!