Este livro oferece-nos, simultaneamente, ensaio e literatura.
Ensaio, porque o livreiro Manuel Medeiros decidiu dizer o que pensa acerca da situação actual do mercado do livro, sem deixar de falar das políticas de incentivo à leitura e dos diversos agentes que fazem desta actividade um negócio e ou uma paixão. A sua experiência de largas dezenas de anos ― convivendo com autores, editores e distribuidores ― é assim posta ao serviço de uma reflexão que ao correr da pena vai descobrindo feridas e apontando caminhos.
Literatura, porque o escritor Resendes Ventura (afinal, o livreiro Manuel Medeiros) publica nesta obra uma extensa colectânea de folhas em prosa e poesia, fazendo-se aliás acompanhar por notáveis companheiros de escrita que fizeram questão de participar, com textos que nunca lemos, homenageando o autor.A aldeia global em que vivemos oferece-nos, quase todos os dias, o espectáculo trágico de um imparável cortejo de múltiplas catástrofes. Ainda assim, a desflorestação prossegue, a erosão dos solos aumenta, o ar e as águas apresentam níveis de poluição crescentes, a biodiversidade diminui dia após dia, o número de espécies extintas ou em vias de extinção engrossa dramaticamente, as alterações climáticas induzidas pela pressão antropogénica colocam em risco a vida na Terra.
O que este livro procura mostrar é que a crise ecológica é, em essência, uma crise de valores que afecta o modo com o Homem se relaciona com o seu mundo natural. Neste sentido, defende-se que a crise ambiental é também, por isso, a crise do humano, procurando mostrar que o respeito e a consideração por essa terra que dá a vida, é condição fundamental para o respeito e para o equilíbrio do ser humano consigo mesmo. A ameaça global interpela-nos para a urgência de repensar a nossa relação com o mundo natural e de recolocar noutros termos o pensar e o agir, de acordo com os valores do respeito, sabedoria, prudência e responsabilidade.A paisagem é uma realidade complexa e dinâmica que resulta das diferentes características do espaço biofísico, da evolução natural dos sistemas ecológicos e das alterações que o Homem lhe introduziu ao longo da História. A combinação destes factores gera a sua diversidade.
A paisagem, que se apresenta como um mosaico de usos do solo, é também um mosaico de ideias, objectivos, práticas e vivências de quotidianos anteriores, assimilados na cultura local. Entre as serras da Nave e da Lapa, num território designado Terras do Demo por Aquilino Ribeiro, encontramos um itinerário de reflexão sobre a paisagem local, em que a obra do mestre é charneira e catalisador.
Através da sua paisagem literária chegam-nos memórias de diferentes épocas e de diferentes histórias de vida que parece indispensável conhecer, compreender e considerar para o ordenamento do território.
Este livro mostra-nos como a Literatura pode ser uma fonte de informação sobre as paisagens do passado e um elemento a ter em conta na protecção e valorização da paisagem actual.Uma profecia humorística sobre uma sociedade matriarcal no século XXII.
Depois da epidemia da gripe, da destruição da camada de ozono e das doenças psicológicas mortais, surge a esterilidade masculina a ameaçar a raça humana. As mulheres desta Era estão nos lugares de poder e, mais habilitadas e resistentes, são obrigadas a salvar a humanidade sozinhas.
Miriam, médica, e David, faxineiro, cruzam-se no laboratório que mantém em cativeiro o último casal fértil. O romance promete e continua no Clube dos Corações Partidos. Mas o rapto do recém-nascido por um pedófilo desencadeia uma reviravolta no destino da História!
Será que chegaram os dias do Apocalipse, ou os heróis descobrirão o sentido da vida na nossa espécie?
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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