Brian Freeman é um apaixonado pela literatura negra. Iniciou a sua carreira de escritor aos 41 anos com a obra Segredos Imorais, galardoada com o Macavity Award para melhor primeiro romance e finalista de outros prémios tão prestigiosos quanto o Edgar Award, o Dagger Award, o Anthony Award e o Barry Award. O seu segundo livro, Cidade Inquieta, foi alvo das mais elogiosas críticas e considerado um dos dez melhores policiais de 2006. Os seus romances, caracterizados por um intenso suspense psicológico, tornam-se invariavelmente bestsellers internacionais, e Freeman é hoje considerado a par de nomes do policial como Hitchcock, Chandler, Ellroy ou Harlan Coben.
Brian Freeman, autor de "Perseguida" (hoje nas bancas), teve a grande amabilidade de responder a algumas perguntas do "Páginas Desfolhadas!
Páginas Desfolhadas: Qual a razão da escolha deste género, o thriller psicológico?
Brian Freeman: Eu gosto de histórias nas quais o drama emerge das emoções, segredos e sexualidade dos personagens. É isso que me interessa – a profundidade das pessoas e as motivações que as fazem atravessar linhas terríveis. Quero que o enredo dos meus livros seja chocante e cheio de suspense, mas também quero que os leitores percebam os personagens num nível profundo. É isso que faz um livro gravar-se na sua memória.
PD: Não tem medo de descrever sexo ou violência. Serão uma forma de atingir os efeitos que deseja?
BF: Bem, confesso que me sinto mais confortável com sexo do que com violência. Não encontrarão muita violência explícita nos meus livros – é mais estilizada. Por outro lado, sim, não me afasto da sexualidade. Sexo é um estímulo tão importante para o comportamento humano que penso não ser possível explorar personagens em detalhe sem que a sua sexualidade faça parte da história.
PD: “Perseguida” tem um enredo complexo, diferentes acções e eventos que eventualmente se entrelaçam entre elas. Pode esclarecer-nos um pouco acerca do processo de atingir essa complexidade? Por onde começa?
BF: O enredo de “Perseguida” foi difícil de conseguir porque, sim, há vários fios de acção que se juntam num final surpreendente. Uma das formas que uso para desenvolver um enredo é imaginar os efeitos decorrentes de um crime e acompanhá-los, como uma pedra atirada à água. Os eventos mais terríveis levam as pessoas a reagir de formas inesperadas, e por vezes as consequências podem ser tão negras como o crime original. Isto é indubitavelmente verdade neste livro.
PD: O lançamento de “In the Dark” (ou “The Watcher") ainda não foi anunciado para Portugal. Pode revelar um pouco sobre ele, só para nós?
BF: Espero que o meu quarto livro esteja disponível em Portugal no próximo ano! É o meu thriller mais pessoal e intenso que vos levará a fundo ao passado de Jonathan Stride. Enquanto ele luta com um caso por resolver dos anos 70, também tem de lidar com problemas não resolvidos sobre a perda da sua esposa – e o impacto que este caso antigo teve em toda a sua vida. É um livro recheado de emoções.
PD: Depois desse, haverá mais Jonathan Stride?
BF: Sim, o meu quinto livro de Stride já está disponível no Reino Unido, e a maior parte dos meus leitores disse-me que é o melhor até agora. Tento melhorar a cada novo livro, mas claro, cada leitor tem o seu livro favorito. Penso que também irão gostar dos primeiros dois livros de Stride: “Segredos Imorais” e “Cidade Inquieta”.
PD: Lemos que escreveu muito antes de tentar ser publicado. É um conselho a seguir pelos que aspiram a escritores?
BF: Aos que aspiram a escritoires digo sempre que 100% dos livros não escritos também não foram publicados! Não há substituto para sentar e escrever o que sente. É sempre fácil arranjar desculpas para não o fazer, mas têm de se forçar a escrever.
PD: Fez um pequeno video para nós, portugueses, no ano passado. É importante para si alcançar os fãs espalhados pelo mundo? Mesmo que isso implique ficar ao frio, em frente a uma câmara?
BF: Ah, sim, espero que gostem das minhas poucas frases em Português! Eu pratiquei! Fazer esse vídeo num dia de inverno rigoroso deu-me o incentivo para fazê-lo correctamente. É muito importante para mim ligar-me a fãs de outros países. Escrevo os meus livros para leitores, e valorizo o feedback que recebo deles. Também penso que os leitores gostam de conhecer os escritores a um nível mais pessoal.
PD: Costuma visitor blogues de fãs? E no facebook, como é o contacto com a comunidade de leitores?
BF: Tenho leitores de todo o mundo nas minhas páginas de fãs e amigos do Facebook. Venham visitar-me em www.facebook.com/bfreemanfans ou www.facebook.com/bfreemanbooks. Digam-me o que acharam dos meus livros!
PD: Já pensou em visitar Portugal? Podemos tentar convencê-lo!
BF: Ainda não visitei Portugal, mas adoraria fazê-lo! É sempre um prazer conhecer os meus leitores cara a cara.
Ficamos muito agradecidos a Brian Freeman! Nada como um autor simpático para aumentar o nosso interesse!
Podem ler a versão original da entrevista, em inglês, aqui!
Páginas Desfolhadas: Qual a razão da escolha deste género, o thriller psicológico?
Brian Freeman: Eu gosto de histórias nas quais o drama emerge das emoções, segredos e sexualidade dos personagens. É isso que me interessa – a profundidade das pessoas e as motivações que as fazem atravessar linhas terríveis. Quero que o enredo dos meus livros seja chocante e cheio de suspense, mas também quero que os leitores percebam os personagens num nível profundo. É isso que faz um livro gravar-se na sua memória.
PD: Não tem medo de descrever sexo ou violência. Serão uma forma de atingir os efeitos que deseja?
BF: Bem, confesso que me sinto mais confortável com sexo do que com violência. Não encontrarão muita violência explícita nos meus livros – é mais estilizada. Por outro lado, sim, não me afasto da sexualidade. Sexo é um estímulo tão importante para o comportamento humano que penso não ser possível explorar personagens em detalhe sem que a sua sexualidade faça parte da história.
PD: “Perseguida” tem um enredo complexo, diferentes acções e eventos que eventualmente se entrelaçam entre elas. Pode esclarecer-nos um pouco acerca do processo de atingir essa complexidade? Por onde começa?
BF: O enredo de “Perseguida” foi difícil de conseguir porque, sim, há vários fios de acção que se juntam num final surpreendente. Uma das formas que uso para desenvolver um enredo é imaginar os efeitos decorrentes de um crime e acompanhá-los, como uma pedra atirada à água. Os eventos mais terríveis levam as pessoas a reagir de formas inesperadas, e por vezes as consequências podem ser tão negras como o crime original. Isto é indubitavelmente verdade neste livro.
PD: O lançamento de “In the Dark” (ou “The Watcher") ainda não foi anunciado para Portugal. Pode revelar um pouco sobre ele, só para nós?
BF: Espero que o meu quarto livro esteja disponível em Portugal no próximo ano! É o meu thriller mais pessoal e intenso que vos levará a fundo ao passado de Jonathan Stride. Enquanto ele luta com um caso por resolver dos anos 70, também tem de lidar com problemas não resolvidos sobre a perda da sua esposa – e o impacto que este caso antigo teve em toda a sua vida. É um livro recheado de emoções.
PD: Depois desse, haverá mais Jonathan Stride?
BF: Sim, o meu quinto livro de Stride já está disponível no Reino Unido, e a maior parte dos meus leitores disse-me que é o melhor até agora. Tento melhorar a cada novo livro, mas claro, cada leitor tem o seu livro favorito. Penso que também irão gostar dos primeiros dois livros de Stride: “Segredos Imorais” e “Cidade Inquieta”.
PD: Lemos que escreveu muito antes de tentar ser publicado. É um conselho a seguir pelos que aspiram a escritores?
BF: Aos que aspiram a escritoires digo sempre que 100% dos livros não escritos também não foram publicados! Não há substituto para sentar e escrever o que sente. É sempre fácil arranjar desculpas para não o fazer, mas têm de se forçar a escrever.
PD: Fez um pequeno video para nós, portugueses, no ano passado. É importante para si alcançar os fãs espalhados pelo mundo? Mesmo que isso implique ficar ao frio, em frente a uma câmara?
BF: Ah, sim, espero que gostem das minhas poucas frases em Português! Eu pratiquei! Fazer esse vídeo num dia de inverno rigoroso deu-me o incentivo para fazê-lo correctamente. É muito importante para mim ligar-me a fãs de outros países. Escrevo os meus livros para leitores, e valorizo o feedback que recebo deles. Também penso que os leitores gostam de conhecer os escritores a um nível mais pessoal.
PD: Costuma visitor blogues de fãs? E no facebook, como é o contacto com a comunidade de leitores?
BF: Tenho leitores de todo o mundo nas minhas páginas de fãs e amigos do Facebook. Venham visitar-me em www.facebook.com/bfreemanfans ou www.facebook.com/bfreemanbooks. Digam-me o que acharam dos meus livros!
PD: Já pensou em visitar Portugal? Podemos tentar convencê-lo!
BF: Ainda não visitei Portugal, mas adoraria fazê-lo! É sempre um prazer conhecer os meus leitores cara a cara.
Podem ler a versão original da entrevista, em inglês, aqui!
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