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Que sentido e/ou sentidos encontrar para essa retomada da guerrilha quando a ideia de nação em Angola parece tão consolidada? Luandino não formula respostas, antes recoloca questões que legitimam esse mergulho na memória. Após focalizar a geografia, em seu sentido mais amplo, ele fixa o olhar nos guerrilheiros, para, a partir de suas vozes, captar a guerrilha como uma vivência em movimento, como realidade de um presente que ainda não poderia conhecer os erros, os acertos, a euforia e a frustração… […] Nessa mescla de testemunho e ficção, Luandino, com sua inquietante radicalidade, leva-nos por uma viagem marcada pelo risco, arrastando-nos para um turbilhão de imagens e sentidos que impossibilita qualquer hipótese de sossego diante do texto. Assim como diante da extraordinária realidade que a escrita tão concisa consegue representar.
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