Autora: Elizabeth Haynes
Editora: Editorial Presença
Sinopse:
No Canto mais Escuro é um thriller psicológico soberbo, a
história arrepiante de Catherine Bailey, uma jovem independente e
bem-sucedida, que se deixa envolver numa relação amorosa abusiva que se
vai pervertendo ao ponto de colocar a sua própria vida em risco. Num
jogo psicológico extremamente artificioso e doentio, Lee Brightman, um
homem lindo e carismático, vai seduzindo e dominando Catherine. Com uma
estrutura narrativa inteligente, a autora dá-nos a conhecer o antes e o
depois, a forma como uma relação deste tipo pode transformar uma mulher
alegre e confiante numa mulher destroçada, subjugada por um medo
constante. Um romance de estreia que arrebatou público e crítica e
recebeu os prémios Amazon Best Book of the Year 2011 e Amazon Rising
Stars 2011.
Opinião:
Antes de mais, devo dizer que quem leu este livro centrado em violência psicológica e física sobre uma mulher, pelo seu parceiro, foi "ele". Ainda assim, acho que me arrepiei o suficiente e acabei por sofrer como se estivesse nos sapatos de Catherine...
"No Canto Mais Escuro" encaixa perfeitamente na categoria de "thriller". E a dobrar! Acompanhamos duas fases da vida de Catherine, praticamente em simultâneo, alternando entre capítulos. O antes, passado na altura em que se apaixona por Lee, em que se sente uma sortuda por ser alvo da inveja das suas amigas e o depois, em que assistimos a uma transformação absoluta de uma jovem cheia de energia e a viver as loucuras que lhe são devidas, para uma mulher aterrorizada, incapaz de sair de casa sem conferir todas as divisões e verificar várias vezes se todas as janelas e portas estão bem trancadas.
Ora, enquanto acompanhamos o passado, sabemos que as coisas vão complicar e estamos sempre ansiosamente à espera dos primeiros sinais de violência e de ciúme que culminam na destruição completa da imagem de Catherine, até perante as suas melhores amigas. Mesmo sabendo desde o início que Lee será preso, parece a certo ponto que ela está condenada a uma relação de sofrimento perpétuo.
Quando passa para o "depois", acompanhamos a batalha contra o transtorno obsessivo compulsivo que agora assombra a vida de Catherine. No entanto, ela acaba por arranjar ajuda até tudo se desmoronar quando Lee é libertado.
Em suma, momentos de tensão a cada capítulo, sem nunca sabermos quando é que a protagonista está realmente segura, ou vítima de Lee ou da sua própria cabeça.
Mais tensão seria impossível, num livro que causará palpitações à alma mais empedernida.
Sem comentários:
Enviar um comentário