terça-feira, 8 de setembro de 2015

Sangue Fresco

Título: Sangue Fresco
Autora: Charlaine Harris
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
Uma grande mudança social está a afetar toda a humanidade. Os vampiros acabaram de ser reconhecidos como cidadãos. Após a criação em laboratório, de um sangue sintético comerciável e inofensivo, eles deixaram de ter que se alimentar de sangue humano. Mas o novo direito de cidadania traz muitas outras mudanças…
Sookie Stackhouse é uma empregada de mesa numa pequena vila de Louisiana. É tímida, e não sai muito. Não porque não seja bonita - porque é - mas acontece que Sookie tem um certo "problema": consegue ler os pensamentos dos outros. Isso não a torna uma pessoa muito sociável. Então surge Bill: alto, moreno, bonito, a quem Sookie não consegue ouvir os pensamentos. Com bons ou maus pensamentos ele é exatamente o tipo de homem com quem ela sonha. Mas Bill tem o seu próprio problema: é um vampiro. Para além da má reputação, ele relaciona-se com os mais temidos e difamados vampiros e, tal como eles, é suspeito de todos os males que acontecem nas redondezas. Quando a sua colega é morta, Sookie percebe que a maldade veio para ficar nesta pequena terra de Louisiana.
Aos poucos, uma nova subcultura dispersa-se um pouco por todos os lados e descobre-se que o próprio sangue dos vampiros funciona nos humanos como uma das drogas mais poderosas e desejadas. Será que ao aceitar os vampiros a humanidade acabou de aceitar a sua própria extinção?

Opinião:
   Quando "Sangue Fresco" fez sensação, não foi o tipo de leitura que me chamasse a atenção. Estávamos em plena época de adoração vampírica com múltiplos livros e coleções a atingirem o topo das tabelas de vendas e, a mim, tudo me parecia um pouco exagerado.
   Vários anos volvidos, percebo que tenho na estante alguns livros da saga "Sangue Fresco". Porque mos ofereceram, porque os comprei em oportunidades de pechincha ou porque simplesmente lá nasceram. E estando presentes, têm direito a ser lidos. Foram sendo ofuscados sucessivamente até que, num belo dia de ócio, a minha curiosidade fora de tempo me levou até ao primeiro volume.
   Sendo fã de fantástico e de tantas outras histórias que se assemelham a esta, mais que não seja na loucura sobrenatural de que é composta, não poderia deixar de gostar. Confirma-se - gostei bastante do que li. Num cenário ainda não imaginado a autora trás para o nosso seio uma espécie predadora que se confessa arrependida e com intenção de genuína integração. Uma miríade inesgotável de questões sociológicas, a grande e pequena escala, torna esta ideia absolutamente louca e, por isso mesmo, interessante. De forma muito inteligente Charlaine Harris explora cada uma das questões e situações possivelmente presentes perante tamanha loucura, sem deixar de acrescentar sexo e romance a cada capítulo. Irresistível receita! 
   Volvido o primeiro volume, tive que esconder os seguintes para me impedir de os ler até acabar. Maçada das maçadas, ainda são uma bela dezena! Sem dúvida, pontuarei a minha lista de leituras com eles sempre que me aborrecer.
   Perante tamanha fama, juntei à leitura do livro a primeira temporada da série "True Blood" produzida pela HBO. Apesar de encarar com estranheza as diferenças entre ecrã e página escrita, confesso ter gostado bastante da adaptação. Não será, com certeza, material para os mais novos ou para os mais pudicos. No entanto, trata-se de uma adaptação que cumpre o seu objetivo último de forma impiedosa - entretém!

   Um livro a considerar. Vem provar que fama mundial e semanas a fio no topo de vendas não são sinónimo de loucura coletiva. Uma coleção a continuar.


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