terça-feira, 7 de outubro de 2014

Mandela - Meu Prisioneiro, Meu Amigo

Título: Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo
Autores: Christo Brand e Barbara Jones
Editora: Planeta

Sinopse:
Christo Brand era um rapaz sul-africano, educado na cultura africânder, que engendrou o apartheid. Nelson Mandela, negro e filho de um chefe tribal, foi criado numa aldeia, estudou Direito e assumiu a luta contra o apartheid em defesa de uma nação.
Os seus universos opostos colidiram quando Christo foi enviado para Robben Island para guardar os perigosos e infames terroristas, dos quais Mandela era o chefe incontestado.
Os dois homens estariam destinados a ser inimigos figadais. Em vez disso, travaram uma extraordinária amizade, assente em pequenos gestos de humanidade: Christo, jovem honesto que prezava a decência e as boas maneiras, despertou a atenção do sensato combatente da liberdade.
Quando a mãe morreu, não lhe foi dada autorização para ir ao funeral e chorou de vergonha e desespero. Christo testemunhou muitos desses momentos de desesperança ao longo dos anos, quando Winnie levou em segredo a neta a Robben Island, arriscou a liberdade para que Mandela a segurasse nos braços por instantes. A amizade entre os dois homens cimentou-se pelos momentos partilhados ao longo dos anos. 

Opinião:
Após a morte de Nelson Mandela, não houve falha de novo material biográfico a surgir. Um dos livros que mais me suscitou curiosidade foi este "Mandela: Meu Prisioneiro, Meu Amigo". Não contava com factos históricos esmiuçados de forma exímia, o que procurava era um olhar próximo sobre o lado humano da lenda de Mandela.
Quem se expõe neste livro é Christo Brand, nascido e educado na génese do apartheid, mas numa família que tentava contrariar o espírito vigente, da melhor forma que lhes seria possível. Assim, Christo foi educado a tratar de forma respeitadora qualquer pessoa, independentemente da cor da pele. 
Christo explica bem as circunstâncias que levavam alguém a tornar-se guarda prisional, e as suas razões fazem todo o sentido e dão-nos mais algumas pistas para a organização da sociedade na época. É assim que se torna o carcereiro do homem mais perigoso da nação: Nélson Mandela.
Em seguida, segue-se o relato de vários episódios de contacto próximo. Cada um ajuda a traçar o retrato humano de Mandela e também de Christo. 

Um relato tocante de uma amizade improvável e ao mesmo tempo, um retrato próximo da sociedade sul-africana numa das suas épocas mais conturbadas.

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