Título: As Aventuras de Huckleberry Finn
Autor: Mark Twain
Editora: Publicações Europa-América
Sinopse:
Este livro pode ser interpretado como uma simples história sobre as
aventuras de um rapaz no Vale do Mississípi durante a segunda metade do
século XIX. Mas a diversidade da experiência humana e as situações
humorísticas e dilacerantes por que passa Huck fazem dele uma obra
ímpar.
No meio dos mais diversos episódios a solidão faz com que Huck receie
não fazer parte do mundo. Mas a solidão é-lhe necessária para sentir a
liberdade ou pelo menos, usando a expressão de H. Bloom, «para não
renunciar ao desejo de uma permanente imagem de liberdade».
Opinião:
"As Aventuras de Tom Sawyer" foi um dos meus livros preferidos do ano passado e Huckleberry Finn prepara-se para entrar no top deste ano.
Mesmo achando que já conhecia a história de ambos os jovens, de tantas adaptações televisivas a que assisti, os livros são realmente a única forma de imortalizar estas personagens. Se no volume prévio Mark Twain se foca mais nos assuntos da cidade, a viagem de Huck Finn leva-o muito mais longe, tanto geograficamente como na exploração dos valores vigentes na sociedade americana do século XIX.
Com um sentido de humor ímpar, Twain explora o sempre complicado assunto do racismo. Mantendo todas as críticas na cabeça de Huck, parece-me que as palavras atingem mais fundo. Quando, por exemplo, Huck diz que não sabia que os pretos podiam sofrer, percebe-se o quão intrínseco e arreigados eram os valores (ou falta deles) na sociedade.
É com toda esta mestria que Mark Twain escreveu um dos maiores clássicos da literatura mundial, usando apenas a cabeça e as palavras de crianças.
Incontornável, inesquecível e imortal.
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