quarta-feira, 4 de junho de 2014

A Lei do Deserto

Título: A Lei do Deserto
Autor: Wilbur Smith
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Hazel Bannock é proprietária de uma das maiores companhias petrolíferas do mundo, a Bannock Oil. Durante uma viagem através do oceano Índico, o seu iate é sequestrado por piratas somalis. Nele viajava a filha de Hazel, de dezanove anos, Cayla, e o resgate que os piratas pedem para a libertarem é exorbitante. Hazel recorre ao major Hector Cross, cuja empresa foi contratada pela Bannock Oil para proteger as suas instalações e pessoal. Juntos, Hazel e Hector estão dispostos a tudo para salvar Cayla, mesmo que isso signifique fazer justiça pelas próprias mãos… 

Opinião:
"A Lei do Deserto" faz parte de um género bastante explorado actualmente e é necessário um grande autor para que um Thriller se destaque de entre todos os outros que vão surgindo. Lendo a biografia de Wilbur Smith, é impressionante a quantidade de anos de atividade que o escritor já acumula, assim como o sucesso dos múltiplos livros que tem lançado. Penso que a fórmula para este sucesso está toda neste mesmo livro.
Logo nos capítulos iniciais, nota-se uma atenção especial a vários detalhes, principalmente no que toca à criação de ambiente, seja com a descrição precisa do funcionamento da empresa de Hazel Bannock, seja com o conhecimento em primeira mão dos vários lugares do globo em que a ação se desenrola. Há um cuidado em não criar personagens superfluas já que cada uma tem um traço distintivo ajudando a imaginação do leitor. 
A criação de suspense, essencial no género, é impecável. A história pode dividir-se em duas partes essenciais e em ambas se nota um crescimento sucessivo da tensão até se atingir aquele ponto em que não conseguimos pousar o livro até descobrirmos o desfecho.
Como disse, há vários países a servir de palco para a história. Para além das diferentes condições geográficos, isto leva a que as culturas envolventes se tornem também personagens em "A Lei do Deserto". Wilbur Smith não tem medo de chocar e, assim, todos os grandes e polémicos temas da cultura muçulmana são abordados de forma próxima e chocante.
Normalmente não conto com grandes surpresas em títulos deste género, mas neste livro existe um sobressalto a meio da narrativa que deve surpreender qualquer leitor.
A única queixa prende-se com as personagens principais, já que são um pouco "perfeitas" demais, apesar das inseguranças de cada uma, faltam-lhes as falhas que as tornariam mais empáticas.

Em suma, um dos melhores thrillers que já li, não se centrando apenas na história, mas tendo uma especial atenção com as culturas envolventes. Não se poupa a descrições chocantes, mas mantém-se longe das polémicas.

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