segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Guerra Diurna

Título: A Guerra Diurna
Autor: Peter V. Brett
Editora: ASA

Sinopse:
Na noite da Lua Nova, os demónios erguem-se em força, procurando as mortes dos dois homens com potencial para se tornarem o lendário Libertador, o homem que, segundo a profecia, reunirá o que resta da humanidade num esforço derradeiro para destruir os nuclitas de uma vez por todas.
Arlen Fardos foi outrora um homem comum, mas tornou-se algo mais: o Homem Pintado, tatuado com guardas místicas tão poderosas que o colocam à altura de qualquer demónio. Arlen nega constantemente ser o Libertador, mas, quanto mais se esforça por se integrar com a gente comum, mais fervorosa se torna a crença destes. Muitos aceitariam segui-lo, mas o caminho de Arlen ameaça conduzir a um local sombrio a que apenas ele poderá deslocar-se e de onde poderá ser impossível regressar.
A única esperança de manter Arlen no mundo dos homens ou de o acompanhar reside em Renna Curtidor, uma jovem corajosa que arrisca perderse no poder da magia demoníaca.
Ahmann Jardir transformou as tribos guerreiras do deserto de Krasia num exército destruidor de demónios e proclamou-se Shar’Dama Ka, o Libertador. Tem na sua posse armas ancestrais, uma lança e uma coroa, que consubstanciam a sua pretensão e vastas extensões das terras verdes se curvam já ao seu poderio.
Mas Jardir não subiu ao poder sozinho. A sua ascensão foi programada pela sua Primeira Esposa, Inevera, uma sacerdotisa ardilosa e poderosa cuja formidável magia de ossos de demónio lhe permite vislumbrar o futuro. Os motivos de Inevera e o seu passado encontram-se envoltos em mistério e nem Jardir confia nela por completo.

Opinião:
"A Guerra Diurna" é o terceiro capítulo do "Ciclo dos Demónios". Felizmente, não é o último! Parece que ainda teremos a sorte de ler mais dois livros desta emocionante saga de Peter V. Brett. Pessoalmente, conto ainda que o autor desenvolva mais este Mundo que criou, com novos "Ciclos", prequelas, sequelas, etc... E também anseio pela adaptação ao cinema do primeiro livro: "O Homem Pintado". Antecipo alguma desilusão, como é habitual nas adaptações para o grande ecrã, mas seria uma excelente forma de trazer novos leitores à saga e garantir uma vida duradoira a estas personagens.
Depois dos dois livros iniciais muito prometedores, a leitura de um novo é sempre iniciada com relutância. Será que a força da história e dos heróis se manterá? Será que Brett vai querer matar alguém que eu tenha começado a apreciar? Todas as questões são respondidas de forma satisfatória ao longo da narrativa e, melhor do que tudo, muitas ficam por responder quando acabamos o livro.
Há uma grande evolução de várias personagens, especialmente as mulheres. Este parece ter sido o livro da emancipação feminina na luta contra os demónios. Seja Renna, que surge forte e segura ao lado de Arlen; Leesha que assume um lugar cada vez mais proeminente na sua terra; ou Inevera, cujas motivações se tornam cada vez mais claras, à medida que o seu passado é revelado. Inevera é provavelmente a principal estrela d'"A Guerra Diurna" e assume-se como uma das personagens mais interessantes e intrigantes de toda a história até agora.
Não é fácil manter o leitor agarrado até ao final num livro desta dimensão, mas prometo-vos surpresas mesmo até à última linha!

Acredito que "O Ciclo dos Demónios" se assuma cada vez mais como uma grande força na Literatura Fantástica Mundial, bastando que a divulgação esteja à altura da qualidade da história.

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