Nesta empolgante sociedade de consumo em que vivemos, desapossada de utopias políticas e de paraísos nostálgicos, que esperanças redentoras ou que narrativas felizes são ainda verosímeis? Se tomarmos a sério as solicitações dos prospectos turísticos encontraremos ali um vasto campo hermenêutico sobre a salvação individual e a bem-aventurança das almas. Se, pelo contrário, formos da opinião que a retórica e o simulacro desses paraísos conduzem apenas à mistificação voluntária, então teremos de reflectir sobre tal potência ficcional, que não só parece absolutamente necessária ao homem contemporâneo, como constitui por si mesma o mais próspero negócio mundial. Nesta sociedade global partilhada por valores comuns, um paradigma se apresenta: enquanto ainda se debate, não sem acesa polémica, a legitimidade de falar em "fim da história", o turismo simplesmente toma-o como axioma. Nesse novo paradigma não se espera do "Homo sapiens" que participe da história, mas que disfrute ludicamente dela.
Um ensaio surpreendente, uma reflexão sobre a sociedade de consumo que vê o Turismo como o novo Paraíso.Num momento em que a construcção da União Europeia mostra a fragilidade das suas fundações e exibe fendas graves, levando a falar, mais uma vez, da agonia da Europa, recordar o percurso da ideia europeia e do respectivo sentimento ao longo da História pode servir de tema de meditação para o presente, percepcionando interrogações e problemas que se colocaram no decorrer dos tempos, mas também acentuando aspectos e continuidades alicerçantes. É isso, quanto a Portugal, que se passa aqui em revista. Os materiais recolhidos neste livro contêm avisos, mas evidenciam, por igual, permanências essenciais que constituem património imaterial plurissecular e integram a nossa própria identidade. Fazem parte do nosso ser.
Esta obra inclui como Apêndice o ensaio «Os Estados Unidos da Europa», por Carlos Lemonnier, versão portuguesa de Magalhães Lima.
Este volume é constituído por quatro textos sobre dois dos mais significativos poetas da literatura inglesa do século XX.
T. S. Eliot
The Waste Land — oitenta anos depois
T. S. Eliot — The Waste Land e depois
Ezra Pound
Uma aproximação a Ezra Pound e ao seu processo de criação poética
Uma tentativa de leitura de Os Cantos de Ezra Pound
Entre 1908 e 1910 partiram dos Estados Unidos para a Europa dois jovens intelectuais que se haviam de tornar, cada um à sua maneira, nos dois mais notáveis poetas anglo-americanos do século xx. O mais velho, nascido em 1885, utilizou sempre o escândalo social como forma de estar na vida. Chamava-se Ezra Pound. O segundo, Thomas Stern Eliot, era já a imagem que ainda podemos ter do gentleman inglês, apesar de nascido no Missuri (em 1888), educado na Nova Inglaterra e aluno de Harvard.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
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