Depois do brutal acidente que lhe roubou o marido e a filha, Diane fecha-se durante um ano em casa, sem qualquer capacidade de reacção. Até que um dia decide exilar-se em Mulranny, uma pequeníssima aldeia na Irlanda, onde todos os habitantes a recebem com imenso carinho. Todos menos, Edward, o bruto e antipático vizinho que, pelo ódio e ira, a vai obrigar a sair da apatia a que se entregou. O que sairá desta relação?
«As Pessoas Felizes Lêem e Bebem Café» é um romance cheio de sensualidade, que nos leva a questionar quem somos, do que gostamos e porque vivemos. Porque somos felizes.Há 110 anos a mostrar filmes, o Ideal tem uma história que se confunde, em Portugal, com a da exibição cinematográfica popular. Quando a Casa da Imprensa – Associação Mutualista se tornou, em 1926, proprietária do prédio onde funciona, o Ideal já não era um cinema de estreia. Antes, fez história com a invenção do «animatógrafo falado» e revelou António Silva. Foi o primeiro sonoro de René Clair a introduzir esta atracção no «Loreto» mas não travou a decadência da sala, gerida, desde a instauração da República, pela Costa & Carvalho e progressivamente preterida em favor dos salões luxuosos ou dos grandes cinemas das avenidas.
A Casa da Imprensa assume agora, com a Midas, a aposta na requalificação do espaço e da programação da mais antiga sala de cinema do País. Honra o pioneirismo da associação na organização de festivais e ciclos de cinema, na divulgação do cinema de autor e no apoio ao novo cinema português. E reivindica uma acção que quis contrariar a censura do Estado Novo. É esta história que aqui se conta.
É este passado – o do Ideal, sala de cinema popular, e o da associação de jornalistas que, desde 1962, assumiu a divulgação cinematográfica como missão – que converge num «acto de Primavera». O Cinema Ideal renasce como um espaço de exibição cinematográfica a pensar no futuro, assumindo-se cinema de bairro, como sempre foi, mas cinema do mundo e com mundo.
Em O Ocaso dos Pirilampos, romance angolano de todas as interrogações, ouve-se uma voz que se confessa. É a voz do protagonista, senhor de um poder absoluto sobre a vida e morte dos seus súbditos: «A vontade de possuir o outro é rectangular como o íman, o desejo e a cola.
A vontade de agredir é quadrada como o martelo…» Vencedor do Prémio Literário Sagrada Esperança 2013, segundo romance de Adriano Mixinge, o primeiro publicado em Portugal, O Ocaso dos Pirilampos não teme visitar os lugares do crime: «Os lugares do crime são sempre lugares de pressa, de inquietação, de arrepio e eu adoro-os.»
Um romance angolano com uma dimensão universal. Estão aqui todas as angústias do homem contemporâneo.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário