Escrito em 1972, numa época em que Angola vivia ainda sob o jugo colonial, esta é a história de um jovem guerrilheiro do MPLA, de carácter determinado e recto, que se faz homem aprendendo a pensar pela própria cabeça. Uma história pungente e terna que não deixará nenhum leitor indiferente.
Escreve o autor a dada altura: “Se Ngunga está em todos nós, que esperamos então para o fazer crescer? Como as árvores, como o massango e o milho, ele crescerá dentro de nós se o regarmos. Não com água do rio, mas com acções. Não com água do rio, mas com a que Uassamba em sonhos oferecia a Ngunga: a ternura.
Em 1958, vive-se na Europa um clima de optimismo e modernidade. Em Bruxelas, prepara-se a maior exposição mundial do século XX, uma oportunidade histórica para unir todas as nações no pós-guerra. O governo inglês debate-se com a imagem que quer projectar do país. Um desnorte que talvez explique a decisão de enviar Thomas para a Bélgica. A sua missão: assegurar o bom funcionamento do pavilhão britânico.
Mal chega, o ingénuo Thomas pensa ter aterrado de cabeça num admirável mundo novo. Em Londres, a sua vida é convencional. Em Bruxelas, longe da família e do escritório soturno, rodeado de mulheres atraentes e disponíveis, sente-se livre pela primeira vez. Mas a Guerra Fria está ao rubro, o pavilhão ganhou uma alarmante vida própria e há dois homens de gabardina e chapéu constantemente no seu caminho.
Quando a neblina se dissipa na manhã do Dia de Acção de Graças, as casas de Three Pines ganham vida. Apenas uma permanece silenciosa.
A aldeia é um paraíso seguro e os seus habitantes ficam desorientados quando a antiga professora, a muito estimada Jane Neal, é encontrada morta na floresta de áceres. Foi certamente um acidente, uma flecha disparada por um caçador, que se extraviou. Quem poderia desejar a morte de Jane Neal?
Durante uma longa e notável carreira na Sûreté do Quebeque, o inspector-chefe Armand Gamache aprendeu a encontrar serpentes no paraíso. Gamache sabe que há algo obscuro por detrás das belas casas antigas e das vedações de estacas brancas e que, se observar atentamente, Three Pines começará a revelar os seus mistérios…
A Dom Quixote orgulha-se de publicar a edição definitiva deste romance brilhante e intemporal, com prefácio e notas de Gioacchino Lanza Tomasi, filho adotivo de Lampedusa, que nos conta a história da primeira publicação e das várias edições que se seguiram. Revela-nos também passagens que foram omitidas pelos editores italia-nos iniciais.
Romance histórico situado na segunda metade do século xix, O Leopardo conta a fascinante história de uma aristocracia siciliana decadente e moribunda, ameaçada pela aproximação da revolução e da democracia. O enredo dramático e a riqueza dos comentários, o contínuo entrelaçar de mundos públicos e privados e, sobretudo, a compreensão da fragi¬lidade humana impregnam O Leopardo de uma particular beleza melancólica e de um raro poder lírico, fazendo dele uma das obras-primas da literatura.
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