No dia 8 de Maio de 2013, José Mourinho soluçava desenfreadamente. A notícia tinha caído como uma bomba: já se sabia quem iria suceder a Alex Ferguson à frente do Manchester United. E não, não era um dos melhores treinadores de todos os tempos, mas sim o apagado David Moyes, que nunca tinha ganho nada na vida. Chegava ao fim um sonho de anos. E justamente no momento mais negro da carreira de Mourinho – que após um tempestuoso reinado à frente do Real Madrid, estava à beira de ser despedido.
A Guerra de Mourinho é a história de três anos de um confronto épico entre o treinador português e o resto do mundo: da imprensa espanhola, à afición madridista; de Florentino Pérez a jogadores como Iker Casillas ou o próprio Cristiano Ronaldo. E, enquanto isso, na sombra, a puxar os cordelinhos, outra figura participava direta ou indirectamente no drama: o superpoderoso empresário português Jorge Mendes.
A Guerra de Mourinho é o seu bilhete de entrada nos bastidores do palco dos sonhos – que para Mourinho se tornou no pior pesadelo da sua carreira.
Celebrando o amor, Mário Cláudio reescreve no presente volume, agora reeditado com novo formato, doze histórias de amor e transgressão recriadas a partir de lendas e de episódios da História de Portugal, como as de Pedro e Inês, Leonor Teles e o Conde de Andeiro, Camilo Castelo Branco e Ana Plácido ou António Nobre e Alberto de Oliveira.Primeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta, publicado originalmente em 1970, Ambas as Mãos sobre o Corpo veio revelar que o imenso talento da autora não se limitava à poesia. Conjunto de narrativas que, fundindo-se, se organizam num romance fragmentado, nele decorre o retrato moral e estático de «alguém» cuja existência larvar nunca se eleva ao nível do concreto ou nunca se individualiza no seio da existência arquetípica.
Obra espectral e cruel, é porventura uma das mais inquietantes da moderna literatura portuguesa.
Todos temos presente que Portugal tem uma história de grandes feitos, desproporcional à dimensão do país. Todos nos orgulhamos do sucesso que muitos portugueses alcançam hoje pelo mundo. Mas talvez pensemos que essa grande história colectiva terminou num passado cada vez mais distante. E olhemos essas vitórias do presente como proezas individuais, que constituem a excepção à regra de um papel secundário a que o país se tem de conformar pelas condições geográficas e económicas de que dispõe. A verdade, porém, é que, ao longo de 900 anos de vida, Portugal nunca deixou de vencer. E alcançou as vitórias mais impressionantes precisamente quando as condições lhe eram mais adversas.
Estas são dez histórias extraordinárias de Portugal. Dez grandes vitórias alcançadas em inferioridade numérica, militar, desportiva ou económica. Dez episódios protagonizados por portugueses de diferentes tempos, em diferentes lugares, movidos por diferentes razões, com o mesmo resultado: o triunfo. Contra todas as apostas.
Num tempo em que a eutanásia e a morte assistida estão na ordem do dia, o narrador anónimo deste romance ajuda pessoas a morrer. Mas não porque se encontrem doentes, simplesmente porque se sentem fartas da vida. Bastam-lhe dois ou três clientes por ano para sobreviver; mas nem sempre se torna fácil encontrá-los e, por isso, é preciso ler muito, viajar, saber de pintura, fazer pesquisa, seguir alguma pista. («As conversas fluirão mais facilmente se eu souber quais as bandas, pintores e escritores que preferem.») Foi assim, de resto, que descobriu a bela e tentadora Se-yeon, que partiu o coração aos dois irmãos que se apaixonaram por ela; e também Mimi, a artista que nunca permitia que a filmassem porque tinha medo de se ver a si mesma. E quem sabe se se tornará sua cliente a rapariga de Hong Kong que conheceu num museu, em Viena, e parecia fugir de um passado terrível?
Traduzido em mais de dez línguas, Tenho o Direito de Me Destruir é o primeiro livro do autor a ser publicado em Portugal.
Em Mário e o Mágico, publicado pela primeira vez em 1930, Thomas Mann, como em muitos dos seus trabalhos de ficção, baseou-se em acontecimentos da sua experiência pessoal para criar uma parábola simultaneamente irónica e amarga da ascensão do fascismo na Europa. Sendo um profundo observador da vida quotidiana, durante umas férias de verão numa estância balnear italiana, nos finais dos anos 1920, Mann teria percebido como alguns comportamentos privados correspondiam ao estabelecimento de um regime totalitário. A partir dessa observação, criou uma obra que surge como interrogação sobre a margem de liberdade que nos é concedida e sobre os perigos que ameaçam as nossas pequenas individualidades. Ao mesmo tempo, lança uma espécie de manifesto contra a nossa credulidade acrítica e apatia frente ao que nos rodeia: injustiças de toda a espécie, política insidiosa, totalitarismos vários – camuflados ou não.
Na rua do arco-celeste há sete casas, cada uma de sua cor; e também um café, uma horta, um jardim, uma florista, uma sucata e uma escola. Mas, embora lá vivam pessoas – que frequentam o café, trabalham na horta, lêem no jardim, oferecem flores a quem amam, se desembaraçam dos seus trastes ou jogam à bola no recreio –, esta história é contada apenas pelas coisas que lhes pertencem à medida que vão mudando de lugar, e por isso o livro é sem ninguém. Ainda assim, durante este ano extraordinário, acontece de tudo na rua: há quem se apaixone e quem se separe, quem nasça, quem morra, quem mate e até quem, depois do trauma, comece uma vida nova. Há bengalas (e, portanto, há velhos), há fraldas e bicicletas com rodinhas
(e, portanto, há crianças) e, de vez em quando, há até um skate parado num pátio (e, portanto, há jovens também).
sábado, 8 de fevereiro de 2014
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