quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Perseguição

Título: Perseguição
Autora: Louisa May Alcott
Editora: Europa-América

Sinopse:
Rosamond Vivien foi criada como uma reclusa pelo avô, homem distante e cruel, numa ilha recôndita ao largo da costa inglesa. O único conhecimento que tem do mundo exterior é-lhe fornecido pelos livros que devora com um prazer insaciável. Quando Phillip Tempest — sedutor, devastadoramente atraente e quase vinte anos mais velho do que Rosamond — aparece misteriosamente numa noite de tempestade, encontra um fruto pronto a ser apanhado.
Todavia, em vez da liberdade que tanto almeja, Rosamond acaba por ser apanhada numa teia de intriga, crueldade e traição que remonta ao estranho e longínquo passado do homem a que passa a chamar seu marido. Receando ser destruída, Rosamond foge ao seu domínio, dando início a uma perseguição implacável que só poderá terminar de forma trágica. 
Retrato notável da sensualidade e coragem da sua heroína vitoriana, Perseguição é uma história obsessiva de amor, desejo e traição.
Um romance arrojado da autora de Mulherzinhas.

Opinião:
Para alguém que nunca leu Louisa May Alcott e que tem como única referência da obra desta autora a sua famosa obra "Mulherzinhas", este "Perseguição" será uma surpresa verdadeira.
Com uma acção muito rápida, a autora prende o leitor de forma surpreendente. Oferecendo a pureza da sua heroína como isco, rapidamente nos encontramos viciados, tentando perceber como uma mulher da época vitoriana consegue fugir a um homem manipulador e influente. Com fugas, encontros, enganos, truques e muito perigo, essa heroína vai sofrendo e crescendo com a perseguição de que é alvo, queimando nela os anos da sua juventude, o que só parece viciar mais o homem que a quer.
Muitas vezes inesperado, este livro poderá parecer apenas mais um na nossa realidade, mas terá sido um verdadeiro escândalo na sua época, pela forma frontal como apresenta a vontade de uma mulher à frente do poderio masculino.

Um livro que me surpreendeu e que me fez repensar a posição feminina no século XIX. Nem todas as mulheres seriam pacatas e submissas, e muitas encontrariam as formas mais imaginativas para o demonstrar. Louisa May Alcott terá sido uma delas.

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