Nas ruas de Lisboa respira-se medo. A cidade não é segura e dentro de portas há um nome que atormenta os homens e mulheres da capital: Diogo Alves, de alcunha o Pancada. Poucos lhe conhecem o rosto, mas todos temem cair nas suas mãos. Lá do alto dos arcos do imponente Aqueduto das Águas Livres, sem dó nem piedade, Diogo Alves atira as suas vítimas num voo trágico de mais de 60 metros de altura. O grito, que faz estremecer tudo e todos, dá lugar ao silêncio da morte. A jornalista Anabela Natário, no seu primeiro romance, traz-nos a arrepiante história deste homem que aterrorizou Lisboa da primeira metade do século XIX. Nascido na Galiza, aos dez anos vem para Lisboa onde de criado nas casas mais abastadas da capital passou a ladrão e de ladrão a assassino cruel. Unido pelo coração à taberneira Parreirinha, com estabelecimento em Palhavã, Diogo Alves torna-se numa verdadeira lenda. Através da consulta dos jornais da época e de peças do processo, Anabela Natário recria o processo judicial de Diogo Alves, num romance recheado de mistério e intriga. É ao juiz Bacelar que cabe a difícil tarefa de descobrir e capturar Diogo Alves e o seu bando de malfeitores. Diogo Alves, embora deixe um rasto de violência e morte, consegue sempre escapar-se às mãos da justiça. É preciso detê-lo. O juiz não desiste e aos poucos, mergulhado no ambiente de violência e miséria que se vive na capital do reino, vai juntando as peças deste complicado puzzle de crimes e assaltos.A sua casa merece ser cuidada. Filipa Mira Brandão vai ensinar-lhe todos os truques que você precisa de saber para não perder demasiado tempo nas tarefas domésticas, nem gastar muito dinheiro. Divisão a divisão, a autora dá-lhe conselhos de limpeza para todos os tipos de pavimento, da madeira à tijoleira, como tratar os seus móveis mais antigos, limpar pratas ou bronzes, manter os azulejos da cozinha impecáveis, uma casa de banho a brilhar, um armário sempre cheiroso e arrumado, uma roupa cuidada e sem nódoas ou um hall acolhedor. Antes de mais precisa de saber quais os utensílios necessários para limpar e os produtos que deve utilizar. Primeira dica que vai mudar para sempre a sua vida: tenha em casa, limão, bicarbonato de sódio, sal grosso e vinagre. Com estes ingredientes mágicos pode fazer os seus próprios detergentes, mais saudáveis e ecológicos. Depois é seguir os planos de limpeza que encontra neste livro e arregaçar as mangas:
- As manchas da banheira não saem? Prepare uma solução com vinagre branco quente, um punhado de sal grosso e com um pano esfregue bem sobre a sujidade. Vai ver que resulta!
- Esqueça os sabonetes nos armários para deitar cheiro. Só trazem humidade. Coloque pauzinhos de giz dentro de sacos de organza.
- Aprenda a fazer cera caseira para passar nos seus móveis de madeira encerados.
- Não consegue tirar calcário das suas torneiras? Use limão com vinagre impregnado em papel absorvente da cozinha e aplique diretamente. Deixe atuar 3 a 4 horas.
- Aprenda truques infalíveis para remover nódoas de todo o tipo – gordura, vinho, fruta – da sua roupa.
- Para prevenir humidades e bolor nos livros, passe pelos mesmos um pano com vinagre branco, misturado com umas gotas de essência de alfazema, lavanda e alecrim. Afugenta as traças, para além de dar bom cheiro.
- Para dar brilho ao seu chão de madeira envernizada, use uma mistura de óleo de linhaça e vinagre de vinho em partes iguais. Vai ficar um brinco!
Filipa Brandão Mira deixa-lhe ainda várias sugestões de decoração, formas de dar cor e cheiro à sua casa e de reciclagem de móveis ou objetos antigos que podem ganhar uma nova vida. Tudo se recicla. Basta vontade e imaginação.
Um livro indispensável para cuidar da sua casa.Depois da manifestação de 2 de março de 2013 o país mudou para sempre. Nas ruas, os mais velhos gritavam pelos «direitos adquiridos» e intocáveis e pelas «reformas» que consideravam merecidas depois de tantos anos de trabalho. Instalou-se a sensação de que o Estado, detentor de uma espécie de tesouro recheado, dá, tira e rouba. Havia sido quebrado um contrato firmado com os portugueses. Os políticos falaram de cisma grisalho. Outros perguntaram: serão sustentáveis os direitos adquiridos dos reformados? Do outro lado, temos os mais novos, que já se vinham a manifestar desde 2011 contra a sua situação precária, por mais emprego e educação. A geração voltava a ficar «à rasca» e cantava canções com palavras de ordem que demonstravam o seu desalento em relação ao futuro. Sem perspetivas de emprego, sem liberdade de escolha, com poucos ou nenhuns direitos adquiridos. O que lhes resta? Emigrar e desistir do país? Entre estas duas gerações, na casa dos 50 anos, os jornalistas Helena Matos e José Manuel Fernandes tocam num tema tabu que atravessa a sociedade portuguesa e que a divide: a equidade entre gerações. Num livro que pretende levantar situações concretas que tornam mais difícil a vida presente e futura dos jovens, os autores desafiam-nos a pensar o nosso país, desconstruindo ilusões e falsas ideias generosas. Quem vai pagar as obras megalómanas do passado? É possível continuar a manter este sistema de pensões? A legislação de trabalho que durante anos impedia o despedimento favoreceu quem? Quem defende os mais novos? É possível a uma sociedade envelhecida, governada por gente mais velha, com um peso do eleitorado grisalho a aumentar, empreender reformas políticas e sociais que levarão os mais velhos a perder direitos em nome dos mais novos? Não se pretende instaurar uma guerra entre gerações, mas apelar a que se reencontre um novo equilíbrio, mais justo entre as gerações de pais, de avós e de netos. Para que os mais jovens possam olhar para o futuro com mais optimismo.Numa extraordinária viagem do século XV ao século XX, as vidas destes 14 homens e mulheres ilustres da nossa História renascem pela mão da jornalista Miriam Assor, que nos conta como de formas variadas, cada um deles contribuiu, enriqueceu, dignificou e honrou o país, marcando terminantemente o universo histórico-nacional e além-fronteiras. Da Medicina à Filosofia, da Ciência ao sector pioneiro empresarial, da Poesia litúrgica a autoridades rabínicas, da Música à Matemática, da Literatura à liderança comunitária. Foram humanistas, homens e mulheres corajosos que optaram por actuar ao serviço do próximo, colocando, muitas vezes, as suas próprias vidas em risco ou num último plano. O célebre médico Amato Lusitano, a empresária destemida Dona Grácia Naci, o famoso naturalista Garcia de Orta, o cientista Pedro Nunes, o pensador Isaac Cardoso, o rabino Isaac Aboab da Fonseca, que, fugido da perseguição que alastrava em Portugal incendiada pelos fogos da Inquisição, encontrou na Holanda a paz para fundar a sinagoga portuguesa em Amesterdão. A extinção formal da Inquisição em 1821 trouxe de volta ao país estes homens e mulheres perseguidos, que dominando várias línguas e em contacto permanente com a Europa e o mundo - quer por razões comerciais quer por razões pessoais - trazem uma lufada de ar fresco ao nosso país. Alfredo Bensaúde, fundador e o primeiro director do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. A sua filha, Matilde, pioneira da investigação biológica, única mulher entre os criadores da Sociedade Portuguesa de Biologia. Alain Oulman, o compositor que revolucionou o fado e que teve como principal divulgadora desse seu infindo talento a voz de Amália. O catedrático Moses Amzalak, líder da Comunidade Israelita de Lisboa, que aproveitou a sua proximidade com o ditador Salazar para realizar as operações de socorro aos refugiados do Holocausto. Também os irmãos Samuel Sequerra e Joel Sequerra, a viver em Barcelona, salvaram cerca de mil compatriotas das mãos nazis. Já Abraham Assor chega a Portugal pouco tempo antes de acabar a Segunda Guerra Mundial e seria, por meio século, o rabino da Comunidade Israelita de Lisboa.
Como educar os nossos filhos para se tornem crianças seguras, resilientes e confiantes? Como treinar o seu olhar para a diferença e para a tolerância pelo outro? Estes são os primeiros passos para que o seu filho não se torne nem vítima nem agressor. E não, não acontece só aos outros. Em Portugal as estatísticas revelam que cerca de 40 por cento dos nossos jovens já se envolveu em alguma dinâmica bullying, tanto no papel de vítima, como de agressor. Mas afinal o que é o bullying? A psicóloga Tânia Paias, especialista neste tema e fundadora do Portal Bullying, explica: é um fenómeno de violência na escola que se traduz em comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, levados a cabo por um ou mais alunos contra outro. Não é um fenómeno de hoje, e as novas tecnologias de informação e a Internet abriram caminho a um outro tipo de violência que já não se passa apenas no recinto escolar, mas sim através de mensagens instantâneas ou por e-mail: o cyberbullying.
Enquanto pais e educadores devemos estar atentos aos sinais:
- O meu filho não quer ir à escola e não consigo que me diga porquê. Ele que me contava tudo agora fecha-se no quarto, isola-se…
- A minha filha anda tão calada e com um olhar tão triste, mas não me conta o que tem.
- Ele era um ótimo aluno e de repente as notas dele vieram por ali abaixo…
- O meu filho, que sempre foi tão calmo, agora tem ataques de fúria.
- Desconfio que um dos meus alunos ameaça os outros, como devo atuar para pôr fim a esta situação?
- Apanhei uma mensagem no telemóvel da minha filha que dizia: «Odeio-te.» Confrontei-a e ela contou-me que recebe mensagens destas várias vezes por dia…
- Fui novamente chamado à escola porque o meu filho bate num colega repetidas vezes. Onde errei na sua educação?
Recorrendo a casos reais, Tânia Paias apresenta neste livro respostas concretas às dúvidas que assaltam pais, educadores e os próprios jovens. Não podemos fechar os olhos a este fenómeno. É preciso atuar.
domingo, 26 de janeiro de 2014
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