domingo, 13 de outubro de 2013

O Ritual da Sombra

Título: O Ritual da Sombra
Autor: Eric Giacometti, Jacques Ravenne
Editora: Europa-América

Sinopse:
Um thriller cheio de suspense que introduz os leitores nos meandros da maçonaria e estabelece um paralelo histórico com as mais modernas investigações.

Roma. Um arquivista do Grande Oriente é assassinado na altura de uma festa na embaixada francesa, cumprindo um ritual que evoca a morte de Hiram, o lendário fundador da Maçonaria.
Em Jerusalém, um arqueólogo que tem na sua posse uma enigmática pedra gravada tem uma morte semelhante. O comissário Antoine Marcas, mestre mação, e a sua parceira, Jade Zewinski, são confrontados com assassinos de uma irmandade nazi, a Sociedade Thule, oponente ancestral da Maçonaria.
Sessenta anos após a queda do Terceiro Reich, os arquivos dos mações, que haviam sido roubados pelos alemães em 1940, continuam a fazer o sangue correr…
Mas que segredo intemporal estará escondido entre aquelas folhas amarelecidas?

Opinião: 
"O Ritual da Sombra" antecedeu "O Irmão de Sangue", mas eu acabei por lê-los pela ordem inversa, o que não prejudica de todo a compreensão da história. Porém, notei que a hábil criação de suspense que me tinha deliciado no outro título dos autores, não está ainda tão refinada neste livro. Nesse aspecto, senti-me um pouco desiludido. 
Por outro lado, a exploração de factos históricos para construir um enredo emocionante, continua magistral. A história da maçonaria é explorada um pouco mais a fundo, com a revelação de mais alguns factos e uma mão cheia de "segredos" (segredos esses já revelados em múltiplos livros que estudam os mações e seus rituais...). Associar qualquer tema aos Nazis é recorrente e tem sido usado de forma quase indiscriminado, mas em "O Ritual da Sombra" o ponto de ligação é a Sociedade Thule. Por certo desconhecida de todos, mas que existiu (existe) na realidade, com actividades muito similares às descritas neste livro. Em suma, uma ligação cheia de claridade entre dois temas tradicionalmente ocultos.
Confesso que o protagonista, Antoine Marcas, não me deixa uma impressão muito vincada. Já a sua parceira neste livro, Jade Zewinski, é de uma riqueza de personalidade e antecedentes capazes de ofuscarem o verdadeiro personagem principal. 
Há outros pequenos pormenores abordados no livro que muito o enriquecem, não podendo deixar de referir a "Virgem de Ferro", instrumento ancestral de tortura e assassínio que tem um papel importante no enredo.

Ainda sem a capacidade de criar suspense demonstrada em "O Irmão de Sangue", este livro mantém todas as outras características positivas: pesquisa, ritmo e emoção.

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