sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Irmão De Sangue

Título: O Irmão de Sangue
Autores: Eric Giacometti, Jacques Ravenne
Editora: Publicações Europa-América

Sinopse:
Paris, 1355. Um homem é queimado vivo na praça pública. O copista Nicolas Flamel assiste, nauseado, a esta execução. Mas o horror está apenas a começar, pois aquele que se tornará num célebre alquimista está, neste momento, à beira de mergulhar nas terríveis revelações de um livro secreto, interdito. Paris, 2007, sede da Obediência Maçónica. O comissário mação Antoine Marcas descobre dois crimes rituais cometidos por um dos seus, a quem chamam «o irmão de sangue». Uma mensagem vinda do Além põe rapidamente o comissário na pista de um velho segredo, relacionado com o mistério do ouro puro. De Paris a Nova Iorque, assistimos a uma corrida contra o tempo entre o assassino em série e o polícia, articulada em torno de dois lugares altamente simbólicos: a Estátua da Liberdade e a Torre Eiffel. Entretanto, escondido nas sombras e vigiando o desenrolar dos acontecimentos está o grupo Aurora, uma organização secreta constituída por personalidades da alta finança, cujo objectivo é o controlo absoluto do ouro... Jacques Ravenne e Eric Giacometti, autores de vários thrillers maçónicos best-sellers, entre os quais se destaca O Ritual da Sombra, tecem de novo uma intriga fascinante, que arrasta os seus leitores pelos meandros do tempo...

Opinião:
A maçonaria foi um tema quente há poucos meses e, apesar de muito se ter escrito, a verdade é que tirei muito pouco sumo de todas as notícias, preocupadas mais em sensacionalismo do que propriamente em explicar o que é realmente a maçonaria e porque foram apontados os holofotes a alguns membros. Daí que foi com muito interesse que iniciei a leitura destes policiais, escritos por dois autores, sendo um membro da maçonaria. Esperava conseguir perceber um pouco melhor este mundo esquecido, de uma forma ligeira e com suspense à mistura.
"O Irmão de Sangue" não é o primeiro título de Ravenne e Giacometti e isso nota-se, como vou voltar a referir na opinião de "O Ritual da Sombra". Está escrito com um estilo já recorrente: capítulos curtos que entrelaçam vários pontos de acção e que terminam todos eles em momentos de tensão, levando ao síndrome famoso de "só mais um capítulo". 
O livro junta duas temáticas intrigantes: a maçonaria e a alquimia. Em relação à maçonaria, penso que cumpre o objectivo de educar um leitor ignorante no assunto, como eu, mantendo alguma imparcialidade (ou seja, não esconde as cabalas e jogos de influência que podem decorrer em determinadas lojas). A alquimia é um velho preferido dos romancistas, mas nunca tinha lido nada que explorasse de forma tão credível a vida de Nicolas Flamel. Romanceado ou não, foi o suficiente para criar uma imagem clara, colorida do primeiro alquimista.
Em relação à acção propriamente dita, a perseguição deste irmão de sangue é recheada de momentos de grande tensão, que parecem acumular-se como numa avalanche.

Informativo e emocionante, tudo o que se pode querer de um policial com fundo histórico.

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