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Casas Pardas cartografa Lisboa no final dos anos sessenta, em plena agonia do regime salazarista: crise política e social, rumores das guerras coloniais e dos tumultos estudantis. O Portugal pardacento à espera do terramoto que virá em 1974, enquanto se escreve o caos afetivo em comunidade, por dentro das casas do amor e desamor de Elisa, Mary, Elvira e companhia. Mas Casas Pardas é acima de tudo a casa da língua portuguesa e dos seus vários linguajares, aqui em jubiloso processo de miscigenação com outras falas do mundo, através do grande virtuosismo da escrita de Maria Velho da Costa.
O Camponês Cristóvão possui uma belíssima égua branca. Quando envelhece deseja legá-la em testamento a um dos seus três filhos não sabendo, porém, qual deles o mais merecedor desse tesouro que é por todos eles cobiçado. Para tomar uma decisão decide colocar os três à prova, entregando aos cuidados temporários de cada um deles a preciosa égua branca. Tomam então lugar três episódios recheados de fantasia, ternura e alguma violência, terminando o livro com um desfecho inesperado que subverte agradavelmente as expectativas do leitor e transmite uma lição de moral, combinando o lúdico com o educativo.
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