Publicado anonimamente em 1678, A Princesa de Clèves tem como pano de fundo a vida na corte dos Valois, nos últimos anos de Henrique II, pelo que pode ser considerado também um romance histórico. Marca ainda a afirmação na literatura da relevância das mulheres na vida cultural do século XVII. A preocupação da verosimilhança psicológica e a construção rigorosa inscrevem A Princesa de Clèves na estética clássica da época e abrem caminho a uma forma de romance moderno centrado no estudo aprofundado das personagens.Por ocasião do centésimo aniversário da sua primeira edição, a D. Quixote reedita esta obra-prima da literatura do Século XX, que é também considerado o primeiro retrato moderno de um fenómeno que, graças a Freud, passou a ser facilmente reconhecido como Complexo de Édipo. Nunca um filho tinha tido um amor tão absoluto e incondicional pela sua mãe, identificando-se totalmente com ela na forma de pensar, e ao mesmo tempo um ódio tão grande pelo seu pai como Paul Morel, o protagonista mais novo deste romance. Nunca, excepto, talvez o próprio Lawrence.
Revestido de um carácter autobiográfico, e dotado de uma profundida psicológica nunca antes vista, Filhos e Amantes reproduz as divergências, os conflitos e as crises conjugais por que passaram os pais de Lawrence – um mineiro e uma mulher de grandes ambições – retratando uma família que sofre os efeitos de um casamento disfuncional e as consequentes repercussões no crescimento e desenvolvimento dos filhos.
Estamos em 1989 e, por toda a Europa, o comunismo está em colapso. Arvid Jansen, de 37 anos, encontra-se à beira de um divórcio. Ao mesmo tempo, à sua mãe é diagnosticado um cancro. Durante alguns dias intensos, no outono, seguimos Arvid enquanto ele se esforça por encontrar uma nova base para a sua vida, ao mesmo tempo em que os padrões estabelecidos à sua volta se estão a alterar a uma velocidade estonteante. Enquanto tenta conciliar-se com o presente, volta a recordar as suas férias na praia com os irmãos, o namoro, e o início da sua vida de trabalho, quando como jovem comunista abandonou os estudos para trabalhar numa linha de montagem.
Maldito Seja o Rio do Tempo é um retrato honesto, enternecedor e simultaneamente bem-humorado de uma complexa relação entre mãe e filho, contado na prosa precisa e bela e Petterson.
Na Buenos Aires dos anos 1950, um jo¬vem provinciano chamado Santiago Lebrón começa a trabalhar quase por acaso na sec¬ção de temas esotéricos de um jornal e, da noite para o dia, transforma-se também num informador do Ministério do Oculto, o organismo oficial encarregue de investigar tais assuntos e descobrir o que há neles de verdade.
Apesar do seu cepticismo em relação a tudo o que seja sobrenatural, inclusive aos pro¬pósitos do ministério, Santiago comparece a um encontro de especialistas em supers¬tições, onde entrará em contacto com os antiquários, extraordinários seres da noite que vivem na penumbra, rodeados por ob¬jectos do passado, em velhas livrarias ou em casas de antiguidades, e que são vítimas de uma sede imortal.
Uma operação de contraterrorismo, baptizada com o nome de código Vida Selvagem, está a ser montada na mais preciosa colónia britânica – Gibraltar. O seu objectivo: capturar e raptar um importante comprador de armas jihadista. Os seus autores: um ambicioso Ministro dos Negócios Estrangeiros e um fornecedor privado de equipamentos de defesa que é também seu amigo íntimo. A operação reveste-se de tal delicadeza que nem o chefe de gabinete do ministro, Toby Bell, tem acesso a ela.
Suspeitando de uma desastrosa conspiração, Toby procura impedi-la, mas é rapidamente colocado no estrangeiro. Três anos decorridos, chamado por Sir Christopher Probyn, um diplomata britânico aposentado, ao seu arruinado solar da Cornualha, e seguido de perto pela filha deste, Toby vê-se obrigado a escolher entre a sua consciência e o dever para com o serviço. Mas se a única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens bons nada façam, como pode ele manter-se calado?
quarta-feira, 29 de maio de 2013
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