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Editado na China em 1995, «Peito Grande, Ancas Largas» causou, na altura da sua publicação, uma grande controvérsia. O seu conteúdo de teor sexual e o facto de não retractar uma versão da luta de classes consentânea com os cânones do Partido Comunista Chinês, obrigaram Mo Yan a escrever uma autocritica ao seu próprio livro e, mais tarde, a retirá-lo de circulação. Ainda assim, inúmeros exemplares continuam a circular clandestinamente.
Num país onde os homens dominam, este é um romance épico sobre as mulheres. O corpo feminino serve, conforme sugere o título, como imagem e metáfora ao livro. A mãe nasce em 1900 e casa-se com 17 anos. Com 9 filhos, apenas o mais novo é rapaz. Jintong é inseguro e fraco, contrastando com as 8 irmãs, muito determinadas.
Dividido em sete capítulos que representam os períodos desde o fim da dinastia Qing, passando pela invasão japonesa, a guerra civil, a revolução cultural e os anos pós-Mao, este é um romance que percorre e retracta a China do último século através da vida de uma família em que os seres verdadeiramente fortes e corajosos são as mulheres.
Nada melhor do que um prémio para inflacionar ainda mais o preço dos livros :P
ResponderEliminarOlá Liliana Lavado;
ResponderEliminarNada melhor do que um prémio para chamar a atenção dos leitores para um determinado autor que, de outra forma, muitas vezes passaria despercebido.
Boas leituras!