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É no Portugal tranquilo de 1973, que Henrique segue pela Marginal a caminho da Baixa, para mais um conselho de administração do banco. Ao fim da tarde, o seu filho Eduardo atravessa a Praça de Londres rumo ao Bunker, um rés-do-chão semi-devoluto que serve de sede a um movimento de jovens nacionalistas radicais. É aí que Alexandre dirige a Ofensiva.
Henrique tenta esquecer a mulher desaparecida em romances e relações atípicas, Eduardo move-se na esperança secreta de encontrar Diana, Alexandre procura na paixão política o romantismo e aventura que não encontra na vida.
Mas a História está a preparar-se para tomar conta das histórias destes homens e das mulheres que amam. Num andar de Nova Oeiras, o capitão Vasco de Carvalho abre o segundo maço de Português Suave e traça, na noite, o plano do golpe militar.
A torrente da revolução e da contra-revolução vai arrastar os heróis de Novembro por Lisboa, Luanda, Madrid, Londres e Washington. Tal como na tragédia antiga, Henrique, Eduardo e Alexandre vão cumprir um destino sabendo que grande parte da sua ação é inútil.
Novembro é o primeiro romance de Jaime Nogueira Pinto, um romance construído a partir da experiência vivida e da história por contar dos que quiseram resistir à História; um fresco realista que descreve com ritmo, perspicácia e sensibilidade, personagens, lugares, paixões e intrigas, entre o Verão de 73 e o Outono de 75. É em Novembro que acabam o Império e a Revolução e com eles os sonhos dos que, em lados opostos, jogaram tudo por um destino e por um país diferentes.
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