Título: Nó de Sangue
Autor: Agustín Sánches Vidal
Editora: Editorial Presença
Sinopse:
Numa noite do ano de 1573, o misterioso e sombrio Buque Negro,
desembarca na costa espanhola a sua carga clandestina procedente do
Peru. Dois séculos mais tarde, em 1780, o engenheiro militar Sebastián
de Fonseca e Umina, uma princesa inca, vêem-se atingidos em cheio por
aquele acontecimento. Enredados numa trama de intrigas que se estende
até aos Andes, trocam os salões e os teatros de Espanha pelo Peru
selvagem e indómito para se embrenharem na busca da Cidade Perdida,
Vilcabamba, e dos seus lendários tesouros. Congregando o melhor do
romance histórico, do romance de aventura e da intriga amorosa, Nó de
Sangue oferece-nos uma viagem apaixonante ao coração da cultura inca,
aqui recriada com grande rigor e realismo nas suas lendas e mistérios,
em dois momentos históricos distintos - nos últimos anos do império e no
século XVIII. Duas épocas, duas culturas, duas histórias de amor
distantes que acabam por confluir numa única e imensa homenagem à
cultura andina.
Opinião:
Romance histórico é coisa que não tem abundado nas minhas leituras mais recentes, e em muito se deve a falta de tempo. Receio que, tal como aconteceu com este Nó de Sangue, o arrastar de um livro que merece mais atenção do que a que lhe posso disponibilizar possa fazer-me desvalorizar as suas qualidades.
Felizmente, para mim e para a história, aproveitei um interregno necessário para acabar um livro que me saltou para as mão de entre a pilha de leitura.
Nó de Sangue remonta ao tempo do colonialismo espanhol no Perú explorando a história deste país como eu nunca a tinha conhecido. Explorando a deliciosa ligação entre a terra e a forma de escrita Inca, através dos enigmáticos Quipus, o autor cria uma trama que termina, inevitavelmente, na descoberta do tesouro que aquela civilização deixou perdido, com algum romance pelo meio.
Adorei a contextualização histórica e a descrição geográfica e cultural. O império Inca, mesmo depois de extinto, continua a espalhar encanto e espanto sobre quem com ele contacta e cresce, a cada relato, real ou romanceado, a minha vontade de me perder por essas latitudes.
Um romance com cheiro a viagem, que me agradou bastante. Será uma boa companhia em qualquer altura para quem goste de ler e poderá ser algo mais para quem goste de viajar!
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