Se Me Pudesses Ver Agora

Título: Se Me Pudesses Ver Agora

Autora: Cecelia Ahern

Editora: Editorial Presença

Sinopse:

Com seis milhões de livros vendidos em todo o mundo, Cecelia Ahern tem-se destacado por um estilo de escrita original e com enredos criativos que prendem o leitor por situações inusitadas. Depois de P.S. Eu Amo-te, o romance de estreia, traduzido em mais de 40 países e de Para Sempre, Talvez, a filha do primeiro ministro irlandês apresenta-nos um narrador, Ivan, que é um ser imaginário, com a função de acompanhar uma criança que precise de um amigo. Essa criança é Luke, um menino de seis anos que vive com a tia, Elizabeth, de trinta e quatro anos, fria, metódica, obsessivamente trabalhadora que inicialmente não aceita a nova relação do sobrinho com um amigo que ela não consegue ver. Só depois de fazer uma pesquisa na Internet, Elizabeth se sente mais aliviada por saber que os amigos imaginários não são um sinal de solidão mas de criatividade infantil. Um romance divertido, com humor que apela para um imaginário característico dos adolescentes que muitos adultos já perderam mas que deveriam recuperar em nome de um encontro consigo próprios.

Opinião:

   Cecilia Ahern prendeu-me há anos com dois livros bem diferentes. Para além do incontornável "P.S. - Eu Amo-te", "Para Sempre, Talvez" continua a ser um dos meus livros favoritos. Mais uma vez não consegui resistir a uma pechincha com um nome tão querido associado e foi assim que este "Se Me Pudesses Ver Agora" me chegou às mãos. As críticas e opiniões que li ao longo dos anos sobre o livro não variam muito -  são todas muito positivas.  É claro que, depois de terminar o livro, se percebe porquê!

   Conceber uma boa história com amigos imaginários à mistura não parece ser fácil, mas Ahern consegue. Quase sem percebermos vamos acreditando na realidade de Ivan, ao mesmo ritmo que Elizabeth se deixa levar pela sua infantilidade doce e animadora, recordando ao leitor que coisas  tolas podem ser mesmo do melhor que a vida tem para nos dar. À distancia de uma semanas, recordo a história como uma lição simples e quase inocente sobre as regras que permitimos que nos sufoquem. 

   Sendo uma escritora muito criativa, Cecelia Ahern consegue levar a cabo uma tarefa que facilmente cairia no ridículo de forma muito bem conseguida, envolvendo o leitor sem este perceber, de tal form que não é fácil manter as lágrimas de parte quando as últimas páginas se aproximam.

   Um livro muito bom, que agradará a uma grande palete de leitores. Definitivamente uma leitura adequada a tardes tranquilas de plena preguiça!