No dia 14 de Fevereiro de 1989, Dia dos Namorados, Salman recebeu um telefonema de uma jornalista da BBC a dizer-lhe que fora «condenado à morte» pelo aiatola Khomeini. Era a primeira vez que ouvia a palavra fatwa. O seu crime? Ter escrito um romance intitulado Os Versículos Satânicos, que era acusado de ser «contra o Islão, o Profeta e o Alcorão».
Assim começa a extraordinária história de um escritor obrigado a passar à clandestinidade, mudando de casa para casa, com a presença constante de uma equipa de protecção policial armada. Pediram-lhe que escolhesse um pseudónimo pelo qual a polícia pudesse tratá-lo. Ele pensou nos escritores de que mais gostava e em combinações dos seus nomes; ocorreram-lhe então Conrad e Tchékhov – Joseph Anton.
Roménia, últimos dias do regime de Ceausescu: amigos que se fizeram traidores, outros que desapareceram, provavelmente assassinados; ex-directores tornam-se professores, fiéis de armazém tornam-se directores. Numa atmosfera onde o medo e o horror são omnipresentes, a professora Adina, a operária fabril Clara e o médico Paul tentam sobreviver. Mesmo depois da queda do regime, a ameaça não se dissipa. A raposa continuou a ser o caçador.O mundo é pequeno mas redondo e nunca acaba. Um cartão de crédito é resgatado da morte e paga a viagem de uma vida. Há dinheiro?, foge amigo para qualquer lado. Mas guarda os teus pesadelos no bolso. E não caminhes fora da tua cabeça, romântico de aço, coração de kevlar, turista da ilusão. Salta do carrossel enferrujado da Europa. Foge para o Oeste Selvagem da América, conhece o Pior Povo do Mundo. Morre se tiver de ser.
Se Fosse Fácil Era Para os Outros. Cinco homens partem para a única aventura que interessa: fazem tudo o que sempre quiseram e são exactamente o que são.
Há tragédias e há comédias, não é verdade? E são frequentemente semelhantes, um pouco como os homens e as mulheres. Uma comédia depende de parar a história exactamente no momento certo.
Esta é a voz de Mia Fredrickson, a viperina e trágico-cómica narradora de Verão Sem Homens. Mia é obrigada a examinar a sua vida no dia em que, sem pré-aviso e depois de trinta anos de casamento, o seu marido lhe pede “um tempo”. Após um período de internamento num hospital psiquiátrico, ela decide passar o Verão na sua cidade natal, onde a mãe vive num lar de idosos. Sozinha em casa, Mia entrega-se à fúria e à autocomiseração. Mas, lenta e ardilosamente, a pequena comunidade rural insinua-se na sua esfera pessoal.
Em Fevereiro de 2000, Richard Zimler foi à Austrália para participar no Encontro de Escritores de Perth. No dia da sua chegada, conheceu uma talentosa bailarina brasileira que lhe contou o muito que o seu romance O Último Cabalista de Lisboa tinha significado para ela. O trágico passo que ela daria no dia seguinte mudou para sempre a vida de Zimler, lançando-o numa intensa investigação de três anos sobre o passado daquela mulher. O escritor descobre então uma infância vivida à sombra do Monte Carmelo na década de 1950, uma época de tolerância entre comunidades vizinhas de árabes e de judeus nos velhos bairros de Haifa. À medida que esta paz se vai fragilizando, duas raparigas - uma palestiniana, outra israelita – tecem entre si laços que as ligam para sempre.
Sem comentários:
Enviar um comentário