Título: Sangue Quente
Autor: Isaac Marion
Editora: Contraponto
Sinopse:
R. é um jovem em plena crise existencial. É um zombie. Numa América
devastada pela guerra, pelo colapso da civilização e pela fome
incontrolável de hordas de mortos-vivos, R. anseia por algo mais do que
devorar sangue quente. Só consegue pronunciar alguns monossílabos
guturais, mas a sua vida interior é rica e complexa, cheia de espanto
pelo mundo que o rodeia e desejo de o compreender - bem como a si
próprio. R. não tem memórias, não tem identidade e não tem pulsação= mas
tem sonhos. Depois de um ataque, R devora o cérebro - e, com ele, as
memórias - de um rapaz adolescente, e toma uma decisão inesperada: não
devorar a jovem Julie, a namorada da sua vítima, e até protegê-la dos
outros zombies. Começa então uma relação tensa mas estranhamente terna
entre ambos. Julie traz cor e vivacidade à paisagem triste e cinzenta da
semi-vida de R. e a sua decisão de proteger Julie pode até trazer de
volta à vida um mundo marcado pela morte=Tão assustador quanto divertido
e surpreendentemente terno, Sangue Quente é um livro sobre pessoas
mortas que se sentem vivas, pessoas vivas que se sentem mortas - e o que
podem sentir e fazer umas pelas outras.
Opinião:
Foi com alguma relutância que iniciei a leitura deste livro… Apesar do fantástico ser um género que me agrada bastante, zombies nunca foi um tema predileto. Curiosamente, o livro acabou por se revelar mais interessante do que imaginava, tornando-se bastante cativante.
Contudo, atenção aos estômagos mais sensíveis, pois a descrição das atividades canibalistas e rituais zombies é consideravelmente explícita. Felizmente, a escrita de Isaac Marion ajuda a tolerar estes episódios e dá-nos uma perceção tal do que se passa na mente de R, que chegamos a aceitar a relação deste com Julie.
O fim, não sendo inesperado, não é desapontante e deixa-nos a pensar sobre a origem dos zombies na evolução da sociedade em que vivemos.
Contudo, atenção aos estômagos mais sensíveis, pois a descrição das atividades canibalistas e rituais zombies é consideravelmente explícita. Felizmente, a escrita de Isaac Marion ajuda a tolerar estes episódios e dá-nos uma perceção tal do que se passa na mente de R, que chegamos a aceitar a relação deste com Julie.
O fim, não sendo inesperado, não é desapontante e deixa-nos a pensar sobre a origem dos zombies na evolução da sociedade em que vivemos.
Não sendo um livro para todos, se gostam do género ou têm estômago forte, é uma boa leitura!
por A Convidada
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