«A Cosa Nostra vem antes de qualquer outra coisa na vida. Antes da família, antes do país, antes de Deus.
«A Máfia descobriu a América nas últimas décadas do século XIX, quando os mafiosi que se juntaram às vagas de imigração italiana deste período se depararam com um mar de possibilidades para as suas ocupações tradicionais. O seu (da América) governo, as suas leis, os seus tribunais e as suas forças policiais não estavam preparados para combater a guerra que se avizinhava e que se manteria por pouco mais de um século, fazendo milhares de mortos, vítimas das centenas de pequenas batalhas que decorriam em becos escuros, bares ou casinos.»
Al Capone, J. Edgar Hoover, Lucky Luciano, a Lei Seca são apenas algumas das referências de cem anos de história, protagonizada pelas 28 famíglias da Cosa Nostra.
«Tinha eu apenas seis anos de idade, no ano de 1951, quando teve início a estória que aqui vou relembrar. É uma estória banal de uma viagem que milhares e milhares de crianças empreenderam, em determinada altura das suas vidas. Eram crianças vulgares, portuguesas, inglesas, francesas, alemãs e belgas que fizeram um percurso idêntico, em Angola, Moçambique, Quénia, Congo, Zâmbia, Zimbabué e África do Sul, para ali levadas pelos progenitores atraídos pela magia do imenso continente africano, a terra das oportunidades, o novo El Dorado. Essa viagem fantástica até esse continente distante, simultaneamente misterioso e maravilhoso, marcou-as, indelevelmente, para o resto das suas vidas e moldou o seu carácter, para o bem ou para o mal, traçando o seu destino.»
domingo, 10 de junho de 2012
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