terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ser Como Tu

Título: Ser Como Tu
Autor: Miguel Almeida
Editora: Esfera o Caos

Sinopse:
Numa frase célebre, o poeta russo Osip Mandelstam disse que "na poesia é sempre de guerra que se trata". Num registo diferente, Carl Von Clausewitz diz-nos que "a paz é a continuação da guerra por outros meios". E esse também se pode dizer que é o ponto de vista assumido em Ser Como Tu. Em guerra incessante consigo próprio, o Eu que está por detrás dos poemas de Miguel Almeida mostra-nos que as piores guerras, as mais constantes e perigosas, não são as que travamos com os outros, mas as que travamos connosco próprios e com as nossas circunstâncias. Mas estas também são as guerras que nos trazem as conquistas mais importantes e decisivas. 

Opinião:
    Não costumo ler poesia, apesar de ser uma grande fã de alguns dos nossos poetas. Sou uma rapariga de poemas específicos, mais do que de linhas de escrita. Por não ter tanto tempo como gostaria, a poesia é um género preterido entre as minhas leituras habituais por requerer mais do leitor do que a maioria das obras que leio. No entanto, e neste virar de ano, decidi tentar e comecei a ler este "Ser Como Tu" de Miguel Almeida, um promissor novo poeta entre terras lusas.
   Não foi um livro fácil de ler, como já antecipava pelo género em questão. Muitas das vezes não tive a disponibilidade de espírito necessária para poder ponderar sobre a leitura que estava a fazer. Mesmo assim, confesso que entre todos os textos encontrei uma quantidade razoável que me agradou, tendo sentido alguma emoção com um ou outro.

   Não saberei qualificar a qualidade literária do livro. Sei sim dizer que, subjectivamente, é uma livro pesado, pela dualidade, incerteza e desgosto presente em alguns dos textos. Será uma boa experiência para fãs do género que, com certeza, encontrarão muitas qualidades e características que eu deixei escapar. A beleza exige tempo para a contemplarmos e a classificarmos como aquilo que é.

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