sábado, 10 de dezembro de 2011

Dei-te o Melhor de Mim

Título: Dei-te o Melhor de Mim
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Este novo e aclamado romance de Nicholas Sparks conta a história emocionante de Amanda e Dawson, dois adolescentes envolvidos na mágica experiência do primeiro amor. Contudo, sob a pressão familiar e social, são obrigados a seguir vidas distintas. Somente vinte e cinco anos mais tarde voltam a encontrar-se, por altura da morte do único homem que tinha protegido o jovem casal apaixonado. E se para ambos o amor de outrora se revela intacto, confrontam-se inevitavelmente com as escolhas feitas e os compromissos assumidos. Qual então o sentido daquele encontro, se nada podia mudar o passado?

Opinião:
   Baba e ranho. Ler qualquer coisa que saia das mãos deste homem termina, invariavelmente, numa choradeira desalmada e com este "Dei-te o Melhor de Mim" não deixei de o fazer.
   Começa a história com um dos muitos clichés já explorados até à exaustão (pensei eu). A menina bonita, o rapaz de má família, ninguém os aceita, os pais chateiam-se, até que a coisa acaba e eles se separam. Belamente escrito: apesar de ser uma situação clássica, ao fim do primeiro capítulo tinha já a lágrima no abismo do canto do olho (grande Nicholas Sparks). Mas o autor estava só a aquecer. Depois da emoção inicial, desmarca-se da história já muito contada, num um reencontro à luz da morte de um velho amigo, permitindo florescer a esperança entre o casal e no leitor. Bate, bate coração, continua a leitura cheia de emoção e é aqui que não consigo (literalmente) largar o livro. Não importam as horas de sono que se esgotam nem o trabalho que no dia seguinte promete ser árduo. Naquele momento, Sparks consegue ter-me só para ele, embevecida pelo seu encantamento. Não parei até acabar. Foram umas horas e lágrimas quase compulsivas à medida que me aproximava do fim, mas não há como escapar.
   Terminada a leitura, ficamos com um coração apertado, olhos doridos, nariz húmido e preenchidos com a sensação de que aquela história é também nossa. Que participamos nela e que vimos tudo acontecer, como se de um bom amigo se tratasse.

   Sofremos, mas continuamos a amar este autor que nos mostra a cada novo livro como a dor e o amor estão mais próximos do que admitimos. E sempre que ele nos mostra por dois mais dois que as coisas são assim, não deixa de acrescentar um bocadinho da sua magia pessoal à história. Eis o vício, venha o próximo.

2 comentários:

  1. Que opinião tão maravilhosa e bem escrita. Eu adoro ler mas não tenho jeito nenhum para fazer críticas aos livros.
    E o Nicholas é o meu escritor favorito; este novo livro ainda não li mas estou muito ansiosa e o teu comentário só me deixou ainda mais ansiosa por tê-lo nas minhas mãos.

    Fiz o mesmo que tu no livro anterior (Um Refúgio para a Vida), comecei devagarinho e de repente estava a ler 200 páginas assim de rajada até terminar.
    E também choro em todos os livros dele, é mesmo impossível não desatar numa choradeira. Aquele em que mais chorei foi o "Juntos ao Luar", o meu preferido de sempre; foi díficil ler o último capítulo pois ficava com os olhos marejados de lágrimas e nem via nada do que estava à frente. :)

    É um escritor fantástico e por mais que digam que os livros dele são todos iguais, eu afirmo que não são; há romance em todos, obviamente, mas também há sempre temáticas diferentes e creio que é isso que faz a diferença e que impede que se tornem em romances vulgares.

    bjinho e boas leituras

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  2. Olá Denise:

    Realmente, o Sparks é especial. Não será mentira que recorre frequentemente a uma base semelhante nos seus livros. No entanto, é por isso que o amamos e por manter essa consistência emocional, com abordagens diferentes é que este autor conseguiu conquistar o lugar onde está: um lugar de respeito e admiração a nível internacional.
    Não é, com certeza, candidato a prémio Nóbel. No entanto, nem só de literatura são feitas as nossas leituras e é muitas vezes com as outras leituras, menos eruditas, que o nosso espírito mais relaxa, mais cresce.

    Por tudo isto, viva o Sparks! Adorei mais este livro. Espero que tenha oportunidade de o ler. Vela bem a pena.

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